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quarta-feira, 5 de julho de 2017

detalhes de um aceno para quem vai caindo no abismo

Escolha de Zveiter como relator de denúncia é aceno a grupo que deve ascender se Temer cair

POR PAINEL

Impressão digital 

A escolha de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) como relator do pedido de denúncia de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça é um aceno para o grupo que pode se beneficiar com a queda do peemedebista. Zveiter é aliado de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara e principal cotado para assumir o governo caso Temer sucumba. O Planalto diz que sua nomeação não é notícia necessariamente ruim. Boa não é. A essa altura, isso já significa muito.

Começo do fim 

Após a formalização da escolha de Zveiter, fatia importante da base aliada na Câmara aparentou abatimento. Deputados próximos a Temer que, até então, mostravam otimismo disseram, em tom fúnebre, que “agora acabou”.

Vamos ter calma 

O Planalto tentou minimizar a sensação de derrota iminente. Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) lembrou que Zveiter vem de uma “família forjada no Direito”. “Tenho certeza de que ele fará uma análise técnica para honrar essa tradição”, disse.

Monotemático 

O advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que fará a defesa de Temer na Câmara, reforçará o discurso de que a denúncia “é uma peça de ficção”.

Negócios à parte 

O criminalista vai rebater a acusação afirmando que o procurador-geral da República fez “meras ilações e suposições sem qualquer prova”. A defesa, por ora, ficará restrita ao trabalho de Rodrigo Janot, sem ataques pessoais.
Novata Indicada para assumir a PGR, Raquel Dogde fez nesta terça-feira (4) seu primeiro giro pelo Senado. Tentando achar o gabinete de Edison Lobão (PMDB-MA), presidente da CCJ, parou um funcionário da Casa: “Pode me ajudar a achar esse gabinete? Não sei para onde ir!”.

Instinto animal 

Sondado para assumir a liderança do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO) cochichou com um colega: “Quando o Renan (PMDB-AL) não quer alguma coisa, pode pular fora”.
Estreia Pessoas próximas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) não deixaram de notar que, ao subir na tribuna nesta terça-feira (4) para fazer sua defesa, ele declamou o primeiro discurso de sua carreira elaborado longe da batuta da irmã Andrea Neves.

Menu indigesto 

Antes de discursar, Aécio almoçou com a bancada tucana no gabinete de Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente interino da sigla. O cearense voltou a defender o desembarque do governo. Aécio é contra. Houve debate e desconforto.

#tamojunto 

Michel Temer, que recebeu mais de 20 deputados no Planalto nesta terça (4), fez uma pausa nas audiências para assistir ao pronunciamento de Aécio.

Na espreita 

Aécio indicou que vai tentar ganhar tempo. Quer adiar a decisão sobre voltar ou não ao comando do PSDB até agosto. No discurso na tribuna, fez questão de evidenciar que Tasso está interinamente na presidência do partido.


Casa de enforcado 

Com apartes ao discurso de Aécio Neves proibidos, a oposição decidiu sair do plenário durante a fala do tucano. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu trecho em que o mineiro falou contra condenação sem provas, mas provocou: “É o feitiço se voltando contra o feiticeiro!”

Para todos 

Advogados ligados ao PT ressaltam que, ao permitir o retorno de Aécio ao Senado, o ministro Marco Aurélio Mello abriu precedente que pode evitar prisões e afastamentos de outros investigados no Congresso.


No jogo Correndo 

por fora na disputa interna pelo posto de presidenciável, José Serra (PSDB-SP) fez reuniões nos últimos dias com a juventude do PSDB paulista e com prefeitos do interior do Estado. Falou sobre a crise e sobre projetos para o país.

TIROTEIO

Como prefeito de São Paulo, João Doria é um excelente corretor de imóveis. O problema é que a cidade, entretanto, não está à venda.

DE VITOR MARQUES, secretário municipal da Juventude do PT, sobre o pacote de concessões do tucano, aprovado em primeira votação na Câmara paulistana.

CONTRAPONTO

Em crise, trabalhe!

Advogado de investigados em escândalos de corrupção, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, prestou serviços em outra esfera criminal ao atuar na defesa de Admar Gonzaga, do TSE.

O ministro foi acusado de ter agredido a mulher.

Com a repercussão do caso, na semana retrasada, Kakay recebeu dezenas de mensagens de provocação:
— Até em briga de casal você está advogando…
O criminalista, crítico da Lava Jato, não perdeu a oportunidade de fazer troça da operação:
— As delações mudaram a advocacia criminal, meu nicho foi atingido, tenho que me virar!

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