André, meu filho de 3 anos e meio, está com prisão de ventre. Nada me comove mais do que ver uma criança sofrendo. Entrei no Google para ver o que pode ser feito. Segui o receituário: massagens na barriga, com as pernas virada pra cima. Contei historinhas, coloquei música clássica. Nada.O André continuava com a aquela cara de Serra em convenção tucana. Liguei para um amigo meu, pai de quatro filhos pequenos. Confio mais nele no que no exército de Roselys Saiões.
- Vamos dar um jeito. Leva ele pro trono.
- Pronto.
- Tá com o Spotify baixado aí?
- Tô.
- Coloca aí "Caraca, Muleke!".
- De quem é?
- Thiaguinho.
- Quer matar meu filho?
- Vai por mim, Tom.
- Pronto.
- Espera o refrão.
- Pronto.
- Gruda no ouvido do guri.
- Pronto.
- Espera dez segundos. Não tira do ouvido dele.
- Caramba, tá saindo tudo. Que maravilha!
- É, sempre deu certo. Não sei qual é a reação química aí, só sei que as merdas acabam se entendendo de alguma forma.
Caraca, Muleke!
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