Almanaqueiras: ou não queiras.

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hoje nosso GRANDE Waly (Valiomar Rolim) completaria 58 anos!


Do Blog Ultimo dos Moicanos

Há uns quinze dias atrás tive uma grata surpresa! Recebi notícias inéditas de uma pessoa que muito me marcou. Meu amigo de infância, meu primo carnal e da mesma idade: Valiomar Rolim.
Tive muitos momentos memoráveis com Rolim. Na nossa infância agitada, fiz artes que somente a nossa vã imaginação permite e ele sempre foi uma presença constante.
Falar das qualidades de Valiomar é cair na redundância, não é por aí que vou me ater. Hoje o que quero falar neste dia do seu aniversário sobre um de seus lados bonitos. O do escritor, que vem de longe. Eu ainda morava em Cajazeiras, há mais de quarenta anos, quando Valiomar escreveu um dos causos, talvez o primeiro. Esta história envolvendo a nossa Vó Dosanjos foi publicada na lendária revista O Cruzeiro que, entre outras seções, tinha uma intitulada “O Impossível Acontece”. Este espaço publicava fatos pitorescos do nosso Brasil enviados pelos leitores. E Valiomar lá pelos  seus catorze já por lá pontificava.
De Fortaleza (CE), o amigo Marco Diniz relembra outra peripécia de Valiomar no campo literato. Foi uma aposta que fez com Valiomar para ver quem dos dois ganharia um concurso da Revista Realidade com prêmio em dinheiro. E Valiomar foi o vencedor do prêmio e da aposta e Marcos teve que pagar as cervejas. Veja abaixo os dois textos.
FELIZ ANIVERSÁRIO, VALIOMAR. 
(Claudiomar Rolim)
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Marcos Diniz conta a aposta que perdeu para Valiomar

Hoje, vadiando pelo "O Último dos Moicanos", caí nas Efemérides.
 Lá está algumas do nosso querido Wally.
 Então, lembrei de uma aposta que fizemos, aí por volta de 1975 onde morávamos em uma república em C. Grande.
 Nessa época, existia a revista Realidade.
 Havia uma promoção que pagava algo assim como R$ 50,00 em dinheiro de hoje, para quem enviasse um causo de mentira e este, fosse publicado.
 Apostei com Wally, uma meia dúzia de cervejas e cada um de nós enviou sua mentira.
 Escreví algo que escutei sobre seu Nô, acho que era vereador, uma figura folclórica de Cajazeiras, que morava na rua Coronel Peba.
 Wally, mandou uma estória sobre Emerson Fitipaldi, campeão de F1 recentemente, que eu não sei de onde ele tirou.
 Escreveu que no grande premio Brasil, em Interlagos, Emerson, fez uma curva tão fechada, mas tão fechada, que os pneus, roçaram na bandagem lateral, deixando gravado na pista a palavra PIRELLI.
 Não precisa dizer quem ganhou....
 Paguei e bebemos as cervejas na Sorvedrinks e ele ganhou o premio da revista Realidade.
 Vou ver se consigo achar arquivos da Revista Realidade com essa publicação.
 Esta é mais uma do Cara, que acho que pouca gente sabe.
 Abraço,
 Marcos Diniz


                    Peraí, Dosanjos, você mandou medir, não foi contar

 Quando minha avó Dosanjos inesperadamente ficou viúva, sobrou-lhes apenas o sítio Melão no Estado do Ceará, depois dos acertos com os credores. Na penúria teve a ideia de saber o tamanho da propriedade e então chamou um topógrafo da região.
A figura veio, acertou o preço e caiu em campo para fazer o serviço. Usando o instrumento da época, uma vara de cinco metros e danou-se com o ajudante a estender a vara pelos cantos do sítio. Estendia, marcava o lugar no final da vara e novamente tornava a estender a vara e assim rodeou todo o sítio em vários dias de trabalho, almoçando e jantando com o ajudante às custas da viúva.
- Pronto está tudo medido, botei a vara do começo ao fim do sítio!
Vó Dosanjos então perguntou quantas varadas tinha dado e assustada ouviu a resposta:
- Peraí, Dosanjos, você mandou medir, não foi contar!
E tudo teve que ser refeito.  (Valiomar Rolim)
Compilado do Blog Último dos Moicanos 

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RAFAEL HOLANDA fala de saudades se curvam ao silêncio da noite...

Valiomar, Saudades

No silêncio da tristeza, eu canto a alegria da tua alegria proprorcionada em vida.
 
Canto os teus contos que a tantos fizeram rir.
Canto uma legião de amigos que em momentos de saudades se curvam ao silêncio da noite para ouvir apenas o cantar de tua ausência.
Canto os momentos alegres que tivemos oportunidade de falar, as passagens por estradas da infância, onde o abraço era mais sincero do que a lágrima.
Canto o que nos incomoda e nos leva a solidão, mas canto a certeza de que o esplendor celestial continua belo por tua presença.
Canto em pequenos versos o recitar de um texto reconstruido de um coração sofrido pela ida contínua dos amigos que fizeram o retrato da minha juventude.
Canto o que não deveria cantar, mas por intensa saudade eu canto, pois as saudades são tantas que um dia quando nos encontrarmos do outro lado com certeza nossos ombros se juntarão e iremos chorar juntos.
 
Rafael Holanda  - Cópia do Blog  Sete Candeeiros Cajá

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