Almanaqueiras: ou não queiras.

Almanaqueiras: ou não queiras.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O INESQUECÍVEL RADIALISTA JOTA GOMES

Um dos radialistas que Cajazeiras jamais esqueceu, ou que jamais esquecerá, chama-se José Gomes de Abreu, mais conhecido por Jota Gomes ou, Badin. Quando eu conheci Badin, ele trabalhava na DRC - Difusora Rádio Cajazeiras, que funcionava na Rua Epifânio Sobreira, 1º andar, primeiro endereço dessa emissora em Cajazeiras.



Badin era leitor assíduo da Revista do Esporte, que ele comprava na banca de Chico Bem Bem, na Praça João Pessoa. Eu e Toinho, meu irmão, sabendo que Badin gostava muito dessa revista, um dia pedimos a ele emprestada, porque não tínhamos dinheiro algum para comprá-la e propôs a emprestá-la após leitura, e falou que podíamos buscar a revista às quintas-feiras lá na DRC.


Eu e Toinho líamos, e às vezes relíamos a revista e ficávamos informados de quase tudo sobre futebol e outros esportes. Éramos, digamos, uma espécie de comentarista esportivo, perante nossos amigos, que ficavam admirados pela nossa sabedoria e atualização no que se refere ao futebol. Nas rodinhas de bate papo sobre futebol, todas às noites, na Praça João Pessoa ou na Praça do Espinho, eu e Toinho dominávamos o assunto. Às vezes, algum amigo perguntava uma coisa sobre futebol, pra mim ou pra Toinho, e se nós não sabíamos da resposta, de imediato, nós dois, em combinação, sem que ninguém percebesse, procurávamos responder rapidamente e, como os amigos nos davam crédito o colega ficava agradecido pela resposta dada. Procurávamos responder tudo que fosse perguntado, e não deixávamos nada sem resposta.


Depois de certo tempo, Jota Gomes foi trabalhar na Rádio Alto Piranhas e Chagas Amaro, que trabalhava na emissora, certo dia no Estádio Higino Pires Ferreira me perguntou por Toinho, que trabalhava com ele e falei que o mesmo estava em Monte Horebe. De imediato Chagas me convidou para substituir meu irmão. A partir daí foi uma grande satisfação em saber que eu ia trabalhar com uma equipe de excelentes profissionais como Zeilto Trajano, Jota Gomes, Chagas Amaro, meus irmãos Erisvaldo e Sales, Galdino Vilante e Zé Gorete.

Saí de Cajazeiras no dia 13 de dezembro de 1971, me desliguei da Rádio Alto Piranhas e fui morar em São Paulo, assim como tantos outros radialistas que deixaram a cidade do Padre Rolim em busca de uma vida melhor. Pouco tempo depois da minha estada na capital paulista, certo dia fui surpreendido por uma notícia, que ouvi na Rádio Bandeirantes de São Paulo, sobre o desastre que vitimou o amigo Jota Gomes. Deixou-me chocado pela maneira com que sucedeu a perda de Jota Gomes e as pessoas as quais estavam com ele. Na minha memória está a fisionomia de todas as pessoas que estavam no fusca da sua namorada Tica.


Jota Gomes foi um dos radialistas Cajazeirenses que mais prosperou na radiofonia do Alto Sertão da Paraíba. Ele era diretor, comentarista esportivo, apresentador de programas de rádio e apresentador de programa de auditório, no Cine Eden, aos domingos pela manhã, com o seu Show de Variedades.


PEREIRA FILHO


Radialista


Brasília – DF


jfilho@ebc.com.br

Um comentário:

  1. Valleu Pereira
    Saudades do nosso amigo e colega J.Gomes.

    abraços
    Fernando

    ResponderExcluir