Almanaqueiras: ou não queiras.

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

"é preciso ser raposa para reconhecer as armadilhas, e leão para amedrontar os lobos"


CONTROLE DE LEITURA 3:  MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Editora Cultrix, 1976.

Mariana Cartaxo



Maquiavel foi oriundo de um período de incertezas na Itália. A partir desse contexto, o pensador definiu uma teoria política para a conquista e manutenção do poder de um príncipe, que deveria trazer estabilidade para a população, independentemente dos meios utilizados para alcançar esse objetivo.
O autor defende o uso da força para o controle e defesa do reino, “os principais alicerces de todos os Estados, são as boas leis e as boas armas” (MAQUIAVEL, p.87) e considera a guerra uma forma de manutenção do príncipe. Deve-se sempre estar preparado para um conflito “nos tempos de paz não pensar senão na guerra” (MAQUIAVEL, p.98) 
O príncipe deve levar em conta e conservar a estima do povo “a um príncipe é necessário ter o povo como amigo; de outra maneira não encontrará ele apoio na adversidade” (MAQUIAVEL, p.77). Entretanto, a fim de manter o Estado o príncipe também deve ser capaz de “agir contra a fé, a caridade, a humanidade e a religião” (MAQUIAVEL, p.113).
Maquiavel enaltece a relatividade das virtudes na execução do poder, relacionando à natureza da raposa e do leão, “é preciso ser raposa para reconhecer as armadilhas, e leão para amedrontar os lobos” (MAQUIAVEL, p.111). 
Por fim, recrimina a confiança extrema na sorte, pois a variação dessa trará reviravoltas inesperadas (MAQUIAVEL, p.144). Conclui: “é feliz aquele que regra a sua maneira de acordo com as circunstâncias” (MAQUIAVEL, p.144)

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