Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Com a palavra Neném de Eudes Cartaxo : Foi no Carnaval que passou. Considerações finais: a saideira Meninos, eu vi!

Meninos, eu vi!


Neném e Pepe.

É engraçado como ainda prevalece em nossa cidade a velha e ultrapassada mania de achar que tudo gira em torno da política, que por detrás de toda e qualquer crítica existe sempre um rasteiro interesse político/financeiro. Sinceramente, só poderemos contribuir com a nossa cidade quando reagirmos de forma incisiva contra coisas mal concebidas que agridem e não nos permitem avançar. O que houver de belo e maravilhoso deverá, sim, ser exaltado. Entretanto, não podemos fechar os olhos, nos conformar com o esgoto correndo a céu aberto, o mato, o lixo invadindo as ruas e avenidas.


Não podemos enxergar portas inexistentes, organização em ambientes sujos e desconfortáveis. Não basta apenas estar consciente de nossos direitos e necessidades. De boas intenções o inferno anda cheio.

Permito-me o direito de me indignar e convido todos a pensar. Não podemos perder essa capacidade.
“Não sou candidato a nada/Meu negócio é madrugada/ Mas meu coração não se conforma/ O meu peito é do contra/E por isso mete bronca/ Nesse samba plataforma.”



Não sei quem foi o autor do projeto, nem quero saber quem patrocinou a revitalização de nossa querida Praça João Pessoa. Mas, meu Deus do céu! Aqueles painéis de alvenaria! Que horror! Que é que é aquilo? Não tiveram a mínima preocupação em saber quem iria se utilizar daquele espaço. Além de desconfortáveis, os bancos expõem as pessoas perigosamente, os carros passam numa proximidade absurda, quase tirando tinta das pernas de quem por lá se atreva a sentar-se. Crianças? Nem pensar!

O lixo do comércio - nunca vi algo semelhante em outro lugar do mundo – é jogado, acondicionado no meio da praça, sendo disputado por cachorros, gatos e ratos. Que casal em sã consciência - mesmo com uma linda e exuberante lua no céu - se sentiria atraído a frequentar um ambiente tão insalubre e periculoso?

Ora, vejam vocês! Tiveram a proeza de instalar um palco em plena Praça da Prefeitura. Até ai, tudo bem. O negócio é que não se levou em consideração que ali foi erguido um monumento em homenagem ao Primeiro Congresso Eucarístico de Cajazeiras, e pelo transcurso do jubileu de prata do Bispo D. Moisés Coelho.



Simplesmente instalaram o palco encobrindo o monumento, deixando-o comprimido entre a estrutura de madeira e a insensatez de quem não levou em consideração a importância histórica daquele monumento. Faz-me até imaginar não existir qualquer planejamento, algo que aponte a viabilidade ou não de um evento como aquele nos espaços públicos de nossa cidade.

Parece que tudo é feito às toras, custe o que custar.

Fiquei igualmente estarrecido quando assisti á receptividade oferecida aos turistas por uma pizzaria instalada na Praça J. Pessoa. Eles chegaram famintos ao local e foram imediatamente informados, por volta das 21h00, que não poderiam mais ser atendidos e, para que não pairasse qualquer dúvida, passaram a recolher as mesas e cadeiras gerando uma tremenda má impressão naquelas pessoas. Sinceramente, nem sei para onde aquelas pessoas foram encaminhadas para saciar a fome/sede.

Para sacramentar as conquistas, conquistar novos investimentos precisa-se, antes de tudo, investir pesado na infra-estrutura de nossa cidade. Eleger prioridades, incutir na cabeça dos comerciantes que investimento público exige uma contrapartida, um maior engajamento por parte de todos. É preciso que haja uma melhor qualidade nos produtos oferecidos, nas instalações prediais e no bom atendimento. Os eventos passam, os investimentos ficam. O aeroporto, caso seja realmente concebido, virá trazendo uma série de exigências. Se a cidade não conseguir se adequar, além da possibilidade de vir a perdê-lo, assinará um atestado de incompetência para todo e sempre. Não basta conquistar! É preciso se adequar para manter e multiplicar.

É isso. Meninos, eu vi!

Em tempo: falo em nome da cidadania e da qualidade de filho natural de Cajazeiras.

Neném de Eudes Cartaxo
Vice Presidente da AC2B

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