Almanaqueiras: ou não queiras.

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quatro anos sem “O Cronista do Boato” Valiomar Rolim. Querido Wally, nós não te esquecemos!


CELEBRAÇÃO DE 4 ANOS DE UMA IMENSA SAUDADE - Sábado, dia 02 de abril de 2011, às 19:00h na Catedral de Nossa Senhora da Piedade - Cajazeiras - PB.



Valiomar é único porque tinha características próprias, como a inconfundível inteligência e a capacidade de através de palavras e da escrita, em qualquer lugar que se encontrasse transmitir aos amigos “a alegria de se viver Cajazeiras e sua história". Também sabia, extraordinariamente envolver a todos com a sua maneira indiscutivelmente única, verdadeira e sagaz.
Valiomar é para Sempre porque o seu inventário intelectual e cultural transcende ao tempo. As gerações atuais e futuras terão a grata oportunidade de se deleitar com os causos tão bem redigidos das coletâneas de "O CRONISTA DO BOATO", relembrando a pessoa maravilhosa que VALIOMAR foi.
(Maria Augusta, Waltemar, Vilzimar, Waldemar Filho e Vilmar)


Valiomar é uma marca indelével para a nossa geração, Valiomar que tanta alegria nos proporcionou jamais será esquecido, um ilustre cajazeirense proclamar com entusiasmo e ênfase não só na terra do Padre Rolim, mas por todos recantos que sejam habitados por seus conterrâneos.
Do seu tio, Francisco Matias Rolim, dos seus primos-irmãos, Anacleide, Claudiomar e Ana Célia - Cópia do Blog O ultimo dos Moicanos - Claudiomar Rolim.

O Cronista do Boato
Prof. José Antonio de Albuquerque - Publicado em 29.08.2008 – Diário do Sertão -)

...o lançamento do livro “O Cronista do Boato – Causos de Valiomar Rolim”, editado pela Moura Ramos, foi realizado na sede do Rotary Clube de Cajazeiras, na Avenida Comandante Vital Rolim e contou com a presença de amigos de Valiomar, muitos de outras cidades, inclusive do Recife, Rio de Janeiro e João Pessoa. Foi uma festa do reencontro dos amigos comuns de Valiomar.

Valiomar em seus “boatos” fez estória e história da terra que lhe serviu de berço. Cajazeiras era o centro de suas atenções, o seu universo, a sua guarida, o seu porto seguro e onde seu coração palpitava acima do normal.
A narrativa de suas crônicas retrata o cotidiano da cidade, esbugalha os personagens mais simples, mais humildes e nelas esconde o riso até o momento final da leitura de cada“boato” que tornava uma realidade no sabor de suas palavras escritas.

Toinha 99, João de Manezim, o guarda Tibúrcio, Zé de Sousa, Zé das Chaves, o não menos famoso Zecão, Neco de Luiz Pezinho, Dedé Bundão e tantos outros cajazeirenses foram brilhantemente lembrados através dos “boatos” de Valiomar. Estes ilustres personagens não poderiam ficar no anonimato, sem um registro histórico nas estórias de Valiomar. Que contribuição valiosa deu Valiomar à História do Cotidiano de nossa urbe.

Rir, rir e rir. Esta é uma constante nos escritos de Valiomar, nos seus causos vivenciados nas paisagens que ficaram marcadas profundamente em sua memória. Não esqueceu os grandiosos e exuberantes cenários de sua cidade, quando de forma carinhosa e telúrica vai fazendo narrativas e enquadrando os seus personagens em cada um deles: o Açude Grande, (por que este açude que não é grande tem uma magia tão grande sobre todo filho de Cajazeiras?), o Tênis Clube, o Clube 1º de Maio, o sesquicentenário Colégio Diocesano, o Sitio Olho Dágua do Melão, a Praça Presidente João Pessoa, o Bar Centenário, a Rua Victor Jurema e outros logradouros da cidade.

Mas Valiomar também introduz nos seus causos figuras importantes da cidade, a exemplo do Bispo Zacarias, do Mons. Vicente Freitas, Dr. Waldemar Pires, Ica Pires, seu tio Chico Rolim, Epitácio Leite, todos envolvidos como personagens de suas envolventes crônicas.

Valiomar não deixou de lado sequer os membros da sua família, motivo de suas telúricas e fraternas narrativas quando suas palavras, em verdadeiros turbilhões, pincelam com amor e carinho, os momentos mais descontraídos vividos no seio da família.

Valiomar se sobressai quando envolve os seus contemporâneos de escolas, de agremiações e de trabalho: Ferreirinha, Luluzinha, Boinho, Rafael Holanda, Neto Xavier, Hora Certa, Galego Capita, Roosevelt Leitão, Mosquito, Dienner, Zélio Furtado, Gutemberg Cardoso, Nonato Guedes, Bira Assis, Luis Alves, Lena Guimarães e mais uma dezena de grandes e fraternos amigos, enquanto moleque, estudante e médico conquistou de coração e simpatia.

Valiomar também defendeu e abraçou através de suas crônicas as grandes causas da terra que lhe serviu de berço, muitas com profunda indignação e revolta, outras mostrando os caminhos para que sua cidade pudesse adquirir o status de melhor da Paraíba, motivo que o orgulhava muito.
A família está de parabéns pelo lançamento do livro que Valiomar tanto sonhou. Na próxima edição, agora com mais tempo, vamos garimpar mais uma dezena de crônicas que não foram publicadas e incluí-las.
Agora Valiomar conta os seus boatos no céu, gloriosamente.

José Antonio de Albuquerque
Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras

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