Almanaqueiras: ou não queiras.

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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

detalhes de um recomeço repleto de medos e receios

PT quer aproveitar caravana de Lula pelo Nordeste para ampliar número de filiações ao partido

POR PAINEL


O útil ao agradável

O PT vai aproveitar o giro de Lula pelo Nordeste para realizar atos de filiação em massa ao partido. Em ao menos dois Estados, Pernambuco e Paraíba, o ex-presidente chancelará a ficha de novos militantes. A sigla tenta dar continuidade ao crescimento do número de filiados que ocorreu após a condenação do ex-presidente pelo juiz Sergio Moro. Apenas entre os dias 12 e 31 de julho, a legenda recebeu 4.836 pedidos de ingresso em suas fileiras. Ao todo, no mês, foram 5.141 pedidos.

Identidade 

Os petistas decidiram promover debates temáticos durante a passagem da caravana de Lula por alguns Estados. Em Pernambuco, o foco será o que a sigla chama de “desmonte” da atividade econômica, explorando a paralisação de obras vinculadas à Petrobras.

Em memória 

Haverá também um ato público no parque do Recife que foi batizado com o nome da mãe do ex-presidente Lula, Dona Lindu. Já no Ceará, o mote das mobilizações será o programa Mais Médicos.

Aquecimento 

Considerado o “plano B” a ser acionado pelo PT caso Lula se torne inelegível, o ex-prefeito Fernando Haddad embarca nesta semana para o Recife. Vai ministrar palestras em universidades do Estado —e também conversar com o governador Paulo Câmara (PSB).

Chega mais

Câmara é citado como possível vice do petista numa eventual corrida pelo Planalto, em 2018.

Para os outros Integrantes do governo Michel Temer parecem dispostos a abraçar a missão de fazer campanha por uma reforma política substancial, mas para depois de 2018. As mudanças para a próxima eleição ficariam centradas em uma nova fórmula de financiamento e na cláusula de barreira.

Na parede 

Eunício Oliveira (PMDB-CE) reclamou com Temer em reunião deste domingo sobre o excesso de medidas provisórias enviadas ao Congresso. Disse que se recusará a votar textos que não chegarem ao Senado com tempo suficiente para negociação com os parlamentares.

Em dupla 

Caciques do DEM trabalham com Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) para garantir que Temer mantenha o PSDB no governo. Há receio de que uma saída tucana dê força ao centrão e isole os democratas.

No papel 

Pessoas próximas a Henrique Meirelles (Fazenda) têm dito que ele atua com a expectativa de que, até setembro, os números do emprego comecem a refletir melhora mais significativa do cenário econômico.

Na vida 

Meirelles sabe, porém, segundo esses aliados, que um efeito palpável das medidas econômicas só chegaria às ruas no primeiro trimestre de 2018. No próximo ano, afirmam, haveria a retomada da sensação de bem-estar social.

Conectados 

O ministro, aliás, tem um novo grande interlocutor. Troca diversas mensagens durante o dia com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Uma via 

CNI e Receita promovem nesta segunda (7) o Fórum de Simplificação e Integração Tributária, para cerca de 300 empresários e dez secretários de Fazenda. Vão apresentar proposta para acabar com a duplicidade de informações exigidas pelos fiscos estaduais e federal.

Remake 

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está ampliando os anexos de sua proposta de delação que descrevem o envolvimento da JBS com políticos. Ele acusa Joesley Batista de omitir crimes e quer incendiar o debate sobre os benefícios dados ao empresário.

Trilha 

Procuradores venezuelanos que ouviram os publicitários João Santana e Mônica Moura, em Salvador, atravessaram a fronteira com o Brasil de carro. Eles temiam ser impedidos de sair de seu país, devido ao cerco ao Ministério Público local.

TIROTEIO

O governo não tem condições de aprovar a reforma da Previdência com este clima. Tem que deixar a poeira baixar e reorganizar a base.

DO DEPUTADO MARCOS MONTES (MG), líder do PSD na Câmara, sobre a perspectiva de que as mudanças na aposentadoria sejam votadas até setembro.

CONTRAPONTO

Ele não usa ‘white tie’

Quando embarcou no avião presidencial para uma visita oficial ao Reino Unido em 2006, o ex-presidente Lula ouviu provocações de sua comitiva sobre seu polêmico veto a trajes de gala no jantar com a rainha Elizabeth 2ª.

Outros políticos lembravam que Fernando Henrique Cardoso, nove anos antes, havia vestido fraque em um completo “white tie” ao lado da monarca. O petista retrucou:
— Se eu uso terno e gravata, com esse meu pescoço curto, já fico estranho. De fraque, eu vou parecer um verdadeiro pinguim!

No fim das contas, Lula jantou com a rainha de terno e gravata tradicional —nada de borboleta.

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