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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Cadê você, cadê você, você passou O que era doce, o que não era se acabou Cadê você, cadê você, você passou No vídeo tape do sonho, a história gravou


‘Quero saber onde está o corpo do meu pai’, diz filha de Garrincha sobre exumação

Marcos Nunes - Extra

A busca pelos restos mortais de Mané Garrincha, morto em 1983, aos 49 anos, começa a mobilizar familiares do craque. Duas dos nove filhos do ex-jogador do Botafogo e da Seleção Brasileira já concordaram em autorizar a exumação de corpos que estão em dois túmulos no Cemitério de Raiz da Serra, em Magé, na Baixada Fluminense. O objetivo é saber se algum dos restos mortais que estão nos jazigos pertencem ao ex-jogador.
A filha dele, Rosângela Cunha Santos, de 63 anos, disse nesta quarta-feira que está disposta a autorizar a realização de uma nova exumação. Segundo ela, sua irmã Maria Cecília Santos também já concordou em autorizar a exumação e o exame de DNA, que seria feito pela prefeitura de Magé, que administra o cemitério.
— No que depender de mim, eu autorizo a exumação. Quero saber onde está o corpo do meu pai. E se puder, colocar numa sepultura melhor. Falei com Maria Cecília ontem e ela também já autorizou tudo. A tendência é que todos os filhos concordem. Queremos resolver isso logo — desabafou.
Rosângela voltou nesta quarta-feira ao Cemitério de Raiz da Serra.
—Tenho esperança de resolver isso antes do aniverário do meu pai (Garrincha completaria 84 anos em outubro).
Morto em decorrência do alcoolismo, Garrincha foi sepultado no Cemitério municipal de Raiz da Serra, em Magé, na Baixada Fluminense. Parentes de Mané e a Prefeitura daquela cidade confirmaram, nesta terça-feira, que não sabem onde está enterrado o jogador, bicampeão mundial na seleção.

Rosângela em visita ao túmulo do pai, em Magé
Rosângela em visita ao túmulo do pai, em Magé Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

A administração do cemitério admite a hipótese de que os restos mortais de Garrincha possam até ter se perdido durante um processo de exumação.
— Pelo que a gente pesquisou, não se tem certeza de que ele está enterrado. Houve uma informação de que o corpo foi exumado e levado para um nicho (gaveta no cemitério), mas não há documento da exumação — disse Priscila Libério, atual administradora do cemitério.
No local, existem duas sepulturas como o nome de Garrincha. A primeira é coletiva e fica na parte baixa do terreno. É o local onde originalmente Mané foi sepultado, além de outros parentes do craque. Os corpos que as filhas pretendem que sejam exumados são os que se encontram nestes dois jazigos.
A segunda fica na parte superior do cemitério. Distante 200 metros do primeiro túmulo, foi construída em 1985 pela Prefeitura de Magé, que marcou o ponto com um obelisco. Uma das filhas do jogador, Rosângela Santos diz que a família sofre sem saber onde Garrincha está sepultado.
O corpo de Garrincha teria sido retirado, há cerca de dez anos, do túmulo onde originalmente foi sepultado. Segundo João Rogoginsky, de 70 anos, primo do jogador, outra pessoa da família morreu e precisou ser enterrada naquele jazigo. Ele foi informado, na época, de que a ossada do atleta foi retirada para ser colocada num nicho. Mas João não assistiu à exumação.
A atual administração da Prefeitura de Magé descobriu, por acaso, que o destino do corpo é incerto. O prefeito Rafael Tubarão queria fazer uma homenagem ao craque, que completaria 84 anos em outubro. Ele procurou saber o local exato do sepultamento e recebeu da Secretaria de Ação Social um relatório de um recadastramento no cemitério, feito em anos anteriores, que dizia que o corpo tinha sido exumado. O documento se baseia em informações de João e Rosângela, que não presenciaram a exumação.

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