Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 9 de março de 2017

uma bela homenagem do irmão John Cartaxo

Para a mulher: de verdade.

John Cartaxo


A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo

Neste dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher, ao olharmos para trás, constatamos avanços e conquistas extraordinários das mulheres as quais merecem comemoração. Embora inúmeras conquistas tenham sido alcançadas, a Anistia Internacional informa que os indicadores alarmantes de agressões contra o sexo feminino não param de crescer, com a constatação de casos de discriminação e violência sexual, psicológica e física contra mulheres, por isso, o Brasil se tornou num péssimo país para se nascer mulher, o que faz dessa data um dia de luta pela equidade, liberdade, autodeterminação, pela consolidação dos direitos e conquistas, pelo respeito e pela vida.

Já houve época que rotularam o estereótipo da mulher perfeita em música, autoria de Mário Lago e que Ataulfo Alves musicou. Baseava-se na personagem Amélia, no caso uma ex-mulher. O companheiro casou-se com outra e passou a comparar a atual com a antiga. Amélia era um exemplo de dedicação e boa vontade; falava: “Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade/ Às vezes passava fome ao meu lado.../ E quando me via contrariado/ Dizia: Meu filho, que se há de fazer…”. Um misto de despeito, de esperteza, de desabafo, tristeza, ironia, safadeza de malandro, ou ingenuidade...

As mulheres deste tempo são protagonistas de sua própria história e avançam seguindo exemplos daquelas que estiveram a frente de seu tempo.  Nem atrás e nem à diante do tempo: as mulheres de um tempo chamado hoje estão acontecendo.

Cada tempo e cultura ditaram às mulheres um padrão a ser seguido,  tentando apontar quais seriam as formas corretas de se comportar, de se vestir, de exercer a maternidade, de ser esposa, amante, amiga, filha ou funcionária. Mas, o que próprio tempo provou é que, “ser mulher” é algo que vai muito além de uma moda ou de uma ditadura. Ser mulher é muito mais complexo do que qualquer padrão possa definir. 

Já disseram que nos dias de hoje, a mulher vive sob uma ditadura: a da beleza, das plásticas, dos cosméticos que a aprisiona mais do que os outros fatores que a aprisionavam no passado.



Por outro giro, vem aquela história: atrás de um grande homem sempre há uma grande mulher, mas é coisa do passado. Eu diria que: Se você quiser ser um grande homem tenha ao seu lado uma mulher, nunca atrás.

Elas são companheiras, esteios, porto seguro, que exercem o seu papel sem abrir mão de fazer brilhar a sua luz, realizando-se como pessoa, contribuindo para o seu desenvolvimento, que se tornam raras por sua garra e não dependem de ninguém para brilhar.

“O mundo precisa de pessoas capazes de nutrir, de acolher, de escutar, de agir com empatia e fazer o melhor que podem conforme suas aptidões e limites. O mundo precisa apenas de mulheres conscientes de sua feminilidade e de sua inteireza enquanto ser”.

Não busque ser a “mulher da vida e dos sonhos” de alguém, mas busque apenas ser você. E se, isso lhe conceder a oportunidade de desfrutar de uma boa companhia para viver momentos de amor e cumplicidade aproveite. Mas, não espere que a outra pessoa seja o homem ou a mulher da sua vida, mas apenas que seja quem se é!

Uma mulher de verdade, sabe a hora de ser mulher, de se portar como mulher, e a hora de agir como uma menina, brincar, rir, divertir-se... a mulher de verdade não tem medo de voltar a ser criança por alguns instantes e libertar-se da ditadura da beleza.

A mulher de verdade separa aventuras de oportunidades reais, ela tem maturidade e nas suas decisões, encanta e conquista.

Martha Medeiros, diz que “é erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. […] Não conheço strip-tease mais sedutor”.

Pois bem. Reconhecendo o valor simbólico de tão significativa data, não poderia se furtar ao dever de, pelo transcurso desse dia, felicitar e prestar essa justa, merecida e alvissareira homenagem à mulher que, antes de ser a personificação do amor, da coragem, do afeto e da força que movem o mundo, é, também, a mais importante coautora da nossa existência.

O dia que se destaca em nosso calendário para prestar-se a merecida festa da mente e do coração, onde a mulher assume as mais cambiantes formas e cores, onde quer que tais manifestações sejam celebradas. Nos templos religiosos, elas se erguem aos céus em forma de cânticos e orações dirigidas ao Criador; no aconchego dos lares, elas tomam forma de comovidas externações de alegria e agradecimento, em que, como ser abençoado, nos aparece em forma de avó, mãe, irmã, tia, esposa, filha e sogra.

Nesta data, cumprimento minha esposa Viviane, por ser neste dia, também, o seu aniversário. Sua presença é fortaleza para minha vida. Caminhamos juntos, dividimos tristezas e alegrias, dureza e sossego, descobrimos a vida e o mundo.

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