Luiz Antonio Simas
A verdade é que estamos todos no Brasil no meio de uma ficção machadiana, submetidos ao ridículo da pena implacável. Não existimos de fato. O Brasil também não existe. Somos personagens da versão piorada do Alienista.
Sergio Moro é o Simão Bacamarte e a Casa Verde é a sede da Federal. O país inteiro vai ser preso. No final, Moro soltará todo mundo e vai se trancafiar numa cela em Curitiba. Descobrir que não existo, sou apenas figurante de terceira linha de uma novela, e que o Brasil é um cenário que não passa de invenção do gênio escritor resolveu os meus dilemas. Estou mais leve, ciente do papel de absoluta irrelevância que ocupo na trama.
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