papo alexandrino: a concepção de impureza da língua portuguesa.

 
Tom Cardoso

Alexandre Frota liga para o seu xará, Alexandre de Moraes:
- Ministro, boa tarde.
- Quem é?

- Alexandre Frota?

- Quem?

- Alexandre Frota, ator e ativista.

- Ah, como vai rapaz?

- O senhor tem como me receber? É urgente.

- Qual o tema?

- O senhor soube da grave denúncia feita por hoje por uma cidadã? Ela me procurou. 

- Qual denúncia?

- Pode estar sendo preparado um levante comunista, Ministro.

- Onde? Por quem? Pelo Putim?

- Não sabemos ainda. Mas foi encontrada uma bandeira comunista ao lado da bandeira brasileira.

- Onde?

- Na Câmara dos Deputados.

- É sério? Como era essa bandeira? Tinha uma foice e um martelo?

- Não. Era branca com uma bola vermelha no centro.

- Precisamos investigar. Pode ser mesmo uma pista importante. O senhor tem como ir até minha casa hoje à noite, em Brasília?

- Sim, claro.

- Fale com a minha equipe, ela vai providenciar as passagens.

- Ok. 

- Ah, posso aproveitar e fazer um pedido pessoal, Alexandre?

- Claro.

- Traz um DVD autografado? Sou fã de sua filmografia.

- Que honra, brother.