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sábado, 15 de outubro de 2016

estamos vivendo um retrocesso sem precedente. que fase!

Associação diz que pesquisadores foram constrangidos pelo Ipea

FIOCRUZ
Fabiola Sulpino Vieira, do Departamento de Assistência Farmaceutica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estrategicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS) Foto:FIOCRUZ ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Fabíola Sulpino Vieira deixou o cargo de coordenadora de estudos de saúde do Ipea

Em nota divulgada nesta sexta-feira (14), a Afipea (Associação dos Funcionários do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) disse que os pesquisadores do instituto autores de um estudo crítico à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita os gastos federais foram constrangidos pela direção do órgão, que contestou o material e defendeu a proposta do governo.

O texto dos pesquisadores Fabiola Sulpino Vieira e Rodrigo Pucci de Sá e Benevides, publicado em setembro, aponta uma perda de até R$ 743 bilhões em recursos para a saúde com a PEC, que passou pela primeira votação da Câmara na segunda-feira (10).

Na terça (11), com a repercussão do estudo, o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, divulgou nota apontando problemas no cálculo e ressaltando que o Ipea é a favor do teto. Uma das críticas é que o estudo desconsidera que a volta do crescimento depende do ajuste das contas públicas.

A nota de Lozardo provocou mal-estar dentro do instituto, e Vieira acabou deixando o cargo de coordenadora de estudos de saúde.

"A Afipea considera que a nota técnica assinada pela Presidência do Ipea impõe constrangimentos à atuação dos pesquisadores da instituição no alcance de um dos seus principais objetivos finalísticos: 'Contribuir para a qualificação do debate público quanto aos rumos do desenvolvimento do país e da ação do Estado'", afirmou a Afipea em nota.

No comunicado, a associação disse ainda que o estudo foi apresentado e debatido em reunião da diretoria colegiada, a convite da presidência do Ipea.

"Assim, todos os membros da Diretoria colegiada, bem como o Presidente da Instituição, tiveram a oportunidade de conhecer e avaliar previamente os resultados do referido estudo, antes de liberá-lo para divulgação."


A associação criticou também o fato de o Ipea ter tomado uma posição institucional sobre o tema e repudiou o procedimento adotado pela presidência do instituto. "O ambiente de pesquisa só é rico se plural, não devendo ser interditado por "posições institucionais" favoráveis ou contrárias aos temas em debate", diz a nota. 

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