Almanaqueiras: ou não queiras.

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sábado, 18 de junho de 2016

Já é possível vislumbrar os contornos do cogumelo atômico sob o céu de Brasília.

Luís Costa Pinto

A corda que recebe os comandos do sistema de freios e contrapesos da política brasileira vai arrebentar. Caminhamos céleres para isso, e esse desfecho é inexorável. Antes de parecer engenharia de obra feita, o que é necessário para melhorar o horizonte:

1. Financiamento público dos partidos e campanhas. Sem brecha para financiamento empresarial. E um sistema de colaboração privada de pessoas físicas mais fácil e fluido.

2. Controle total dos gastos de campanha, com teto e punição exemplar de quem ultrapassar esse teto.



3. Proibição de detentores de mandato legislativo ocuparem cargos executivo. O deputado ou o senador quer ser ministro ou secretário estadual? Ótimo. Então renuncie ao mandato. 

4. Voto distrital.

5. Cláusula de barreira.

6. Prestação de contas (feedback) obrigatória dos mandatos - as velhas plenárias.

7. Controle das fundações partidárias: elas têm de servir para a atividade-fim, qual seja, a formação política.

Vale tentar. O sistema ruiu. Essa ruína começou a ser construída ainda sob a ditadura - ou mesmo antes dela. Não houve ruptura, ao contrário, o que tem ocorrido é a associação de todos os próceres eleitos ao sistema ruinoso. E daí chegamos onde estamos: no limbo da civilização democrática, capturados por um Estado Judicializado em que procuradores e juízes são mediadores da ação política (ainda que assim o sejam em busca, correta, de um mínimo de recato).

Não deu certo. Já é possível vislumbrar os contornos do cogumelo atômico sob o céu de Brasília.

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