Vice-presidente da Argentina responde a acusações de corrupção
Folha de S.Paulo
O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, 49, que assumiu ontem interinamente a Presidência do país devido ao afastamento de Cristina Kirchner por problemas de saúde, responde a acusações de corrupção e enriquecimento ilícito.
Ele é uma pessoa questionável, tem uma forte deslegitimação política, mas não há o que fazer. Ele é o vice, diz à Folha o senador de oposição Ernesto Sanz, da UCR (União Cívica Radical).
A principal ação que corre contra Boudou na Justiça argentina é a de negociações incompatíveis com o cargo que exerce no chamado Caso Ciccone, que envolveu a gráfica de mesmo nome (hoje rebatizada de Companhia de Valores Sudamericana).
A empresa teria sido salva da falência com o aporte financeiro de uma empresa que seria ligada a Boudou quando ele era ministro da Economia de Cristina.
Logo após sair do vermelho, a Ciccone conseguiu um contrato com o governo para imprimir notas de cem pesos.
Penso que, afortunadamente, ele estará exercendo a Presidência por pouco tempo. Sua imagem é muito negativa e está envolvida com denúncias de corrupção. O melhor que pode acontecer é a recuperação rápida da presidente, afirma o deputado da UCR Manuel Garrido.
Ele e a legisladora Graciela Ocaña (Confianza Pública) apresentaram neste ano uma denúncia à Justiça mostrando que o vice teria apresentado declarações de bens diferentes para a corte e para o Escritório Anticorrupção do governo.
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