Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Deu no Blog LanaCaprina!

Cajazeirenses homenagearão Rômulo Gouveia no DF


Vice-governador Rômulo Gouveia



O presidente da Associação dos Cajazeirenses e Cajazeirados em Brasília, Eduardo Pereira, está anunciando para os dias 20 e 21 do corrente a realização do III Encontro dos filhos naturais e adotivos da terra do Padre Rolim, a ocorrer no hotel Nacional, com uma série de eventos e homenagens. Um dos homenageados será o vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSDB), que enviou correspondência à entidade agradecendo o reconhecimento e confirmando presença, “pela oportunidade de reencontro com pessoas ilustres”. Eduardo Pereira, que organiza a programação, em articulação com Lavoisier Rolim e Ubiratan di Assis, ressalta o simbolismo dessas reuniões, pelo congraçamento entre conterrâneos e pessoas com atuação importante para a cidade que ensinou a Paraíba a ler.

 
 A Associação possui um blog na Internet, em que repassa informações sobre as coisas de Cajazeiras e rememora personagens influentes na sua história. O jornalista e poeta Linaldo Guedes foi convidado para lançar o seu livro “Metáforas para um duelo no sertão”, que teve boa acolhida em João Pessoa, Campina Grande e São Paulo. O radialista Sales Fernandes, que atua em emissoras de rádio da capital, é um dos entusiastas dos reencontros entre cajazeirenses e cajazeirados, e lembra que em Fortaleza há um núcleo, dirigido por Josias Farias Neto, que já promoveu atos de repercussão, congregando personalidades da terra que obtiveram destaque em cargos públicos ou privados. Ele chama a atenção, também, para o fato de que Cajazeiras é uma cidade que exporta talentos para o jornalismo em outras plagas, com um número expressivo deles pontificando na capital paraibana, em jornais e emissoras de rádio e TV.


Em Cajazeiras, mantém-se com regularidade o jornal “Gazeta do Sertão”, idealizado pelo professor José Antonio de Albuquerque e acolhendo colaborações de pessoas como o escritor, economista e ex-secretário de Planejamento do governo Ivan Bichara, Francisco Salles Cartaxo. O significado dos eventos de reencontro é, também, o de compartilhar experiências, recolher depoimentos, fixar na memória relatos de episódios, inclusive envolvendo personagens folclóricos que enriqueceram a história de Cajazeiras ao longo das décadas.


Em comentário publicado no blog da Associação em Brasília, Ubiratan de Assis tece referências a Nonato Guedes, a quem qualifica como “jornalista competente e pessoa íntegra, que nos enche de orgulho pela sua ética”. Diz que se sente honrado em ter sido amigo-colega de Nonato Guedes “desde mil, novecentos e adolescência”, quando ambos “treinavam” locução na Difusora Rádio Cajazeiras, emissora pioneira. Nonato, na época, era “office-boy” e, nos intervalos, juntamente com Ubiratan, apegava-se a matérias no birô da redação, “tentando engrossar a fala e imitando os locutores da época”. Conta que, depois, Nonato tornou-se redator na emissora e deslanchou, ingressando na rádio Alto Piranhas, onde, enfim, apresentou noticiários, atuando na sucursal do “Correio da Paraíba”, como correspondente da “Tribuna do Ceará”, de Fortaleza e participando de movimentos culturais, tendo sido presidente do Cineclube “Wladimir Carvalho” e estimulado a criação de uma Casa da Cultura, em apoio aos movimentos teatrais e artísticos que se desenrolavam através do Grutac, do TAC e de demais grupos. Em 78, transferiu-se para João Pessoa, onde teve atuação profícua em veículos de comunicação e foi presidente da API. Ubiratan abandonou o curso de engenharia civil e formou-se em Direito, atuando, depois, em agências do Banco do Brasil, mas sem jamais perder os vínculos artísticos e culturais como um dos mais consagrados talentos da história de Cajazeiras. Nonato afirma que fez parte de uma geração de ouro, que além de Ubiratan,congregava Valiomar Rolim, Irlen Guimarães, Chagas Amaro, Lena, Leda e Lúcia Guimarães, Constantino Cartaxo, Gutemberg Cardoso, Josival Pereira, Luiz Alves, José Alves, Íracles Pires, Tarcísio Siqueira, José Audísio, Joaquim Alencar, Dirceu Galvão e muitos outros.
Beto, Valiomar Nonato Guedes, Antonio Carlos, Bira e Gutemberg


“Esses quadros distribuíam-se nas redações das duas emissoras de rádio AM, em jornal impresso em mimeógrafo como “Tribuna Popular”, Centros Cívicos de colégios, Diretórios Acadêmicos, Comissão de Justiça e Paz da diocese, além de conexões com padres italianos como Albino Donatti e Giovani Pellegrini, e o padre Gervásio Fernandes de Queiroga. O diretor do colégio estadual e da rádio Alto Piranhas era o monsenhor Vicente Freitas, de linha conservadora, mas que teve importância na formação de gerações, juntamente com o padre Luiz Gualberto de Andrade. Dom Zacarias Rolim de Moura, bispo da diocese, de posição moderada, implantou cinemas, rádio, Faculdade de Filosofia, impulsionou o Seminário diocesano e escapou de um atentado à bomba no cine Apolo XI, que ainda hoje causa controvérsias quanto à autoria. “Foi um período fértil, embora a conjuntura fosse perigosa”, avalia Nonato, citando que a “Alto Piranhas” foi a única rádio no Brasil a noticiar prisão e tortura contra Edval Nunes da Silva, o “Cajá”, no Recife, tendo sido punida com a retirada do “cristal” por agentes do Dentel, o que a deixou fora do ar por 24 horas.




Fonte - Blog Lana Caprina

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