Cidade resiste há mais de 40 anos sem políticos, classes sociais ou religiões
A comunidade no sul da Índia é autossustentável, não possui carros e também não estimula o consumismo
Quem duvida que é possível existir uma cidade sem governantes ou divisões sociais precisa conhecer a história de Auroville. A cidade, localizada no sul da Índia e fundada em 1968 pelo casal Sri Aurorando e Mirra Alfassa, não possui religião oficial, nem hierarquias governamentais ou classes sociais.
Auroville foi reconhecida oficialmente como cidade tanto pelo governo indiano quanto pela Unesco desde sua fundação. A cidade tem capacidade para receber até 50 mil moradores e conta, atualmente, com cerca de 2 mil habitantes. A maioria dos moradores é indiana, mas há gente da França, da Alemanha, de Israel, dos Estados Unidos, da Rússia e até do Brasil.
Na inauguração da comunidade, pessoas de todos os cantos do mundo levaram terra de seus países nativos para simbolizar a união de todas as nações.
Política
Não existe governo, cargos públicos ou hierarquias governamentais. Sem prefeitos, governadores ou secretários, sempre que surge algum problema uma assembleia é convocada e os cidadãos da comunidade elegem um conselho para resolver o que estiver em debate.
Religião
Não existe religião oficial. Cada um é livre para seguir ou acreditar no que quiser com a condição de não pregar, perseguir ou incomodar outros moradores.
Classe sociais
Todos os habitantes precisam trabalhar e recebem um salário de cerca de 405 reais por mês. Esse valor é suficiente para os custos de vida e para manter economias em caso de emergências. Mesmo que alguém acumule dinheiro, tocando um negócio, não há muito o que comprar, evitando assim a criação de uma sociedade de classes.
Auroville é totalmente autossustentável. A cidade possui campos cultiváveis, pequenas fábricas, escola, restaurantes, padarias, hospitais, cinemas e lojas, tudo alimentado por energia solar.
Sem carros, os moradores se locomovem com bicicletas e motos.
Quem tiver interesse em morar em Auroville é preciso atender alguns requisitos. Primeiro, desembolsar cerca de 3 mil dólares, valor necessário para comprar uma casa por lá. Além disso, na cidade, cada morador precisa ter um trabalho oficial e ajudar em outras funções.
Durante um ano, o novato habitante é analisado pela comunidade que decide se o novato pode ou não permanecer como morador. Em caso de recusa, o valor investido é devolvido integralmente.
Redação O POVO Onlin
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