“1964” é o verdadeiro ano que não acaba nunca — e eu recomendaria com ele mais cuidado do que Millôr teve. Ao lançar a “Pif-Paf”, o grande filósofo sem estilo anunciou a linha editorial da revista com prudência: “Será de esquerda às segundas, quartas e sextas. De direita, às terças, quintas e sábados.”
Millôr esqueceu do domingo. Deve ter sido por isso, pelo silêncio subversivo pressentido ali, que os militares fecharam a revista no oitavo número.
Joaquim Ferreira dos Santos
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