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domingo, 30 de março de 2014

Não precisamos de heróis, precisamos de pessoas sensatas

'Foi o pouso mais 'manteiga' da minha vida', diz piloto da Avianca

Ricardo Gallo - FSP

O comandante Eduardo Verly diz que não se considera herói (Foto:Apu Gomes/Folhapress)
O comandante Eduardo Verly diz que não 
se considera herói (Foto:Apu Gomes/Folhapress)


Menos de dois dias depois de ter feito um bem-sucedido pouso de emergência no aeroporto de Brasília, o comandante Eduardo Verly, 45, diz que não se sente um herói.

"Sei que as pessoas estão me achando herói, mas não sinto um herói. Dou risada quando ouço porque acho engraçado. Mas sou uma pessoa normal, que foi treinada e seguiu todos os procedimentos em casos assim."

Na hora, diz, o "pouso foi o mais manteiga da minha vida" –"pouso manteiga" é um pouso suave, no jargão da aviação.

A "ficha", segundo o comandante, só caiu no hotel, mais de duas horas depois de o Fokker-100 da Avianca em que estava ter aterrissado sem o trem de pouso dianteiro na pista de Brasília -ninguém se feriu no acidente.

Católico não praticante, disse que "conversou bastante" com Deus depois que tudo acabou bem. "Tenho que agradecer pela frieza, pela calma e pelas tomadas de decisão. Mas na hora, dentro do avião, não pensei em nada."

ENTENDA O ACIDENTE

A aeronave da Avianca fez o pouso forçado de 'barriga' na pista do aeroporto de Brasília, na tarde da última sexta-feira (28), porque o trem de pouso não funcionou.

O avião fazia o voo O6 6393, que havia saído de Petrolina (PE) com 44 passageiros e cinco tripulantes a bordo - a capacidade máxima é de 100 pessoas.

De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), o piloto informou o problema à torre de comando às 17h05 e pousou às 17h55.



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