Sim, nós somos machistas, mas essa pesquisa do Ipea não sai do juízo, Deus nos acuda, triste pensar que o cara do teu lado no boteco pensa (ainda) desse modo treva total.
Mulher com roupa curta é culpada pelo estupro?
Tem mulher para casar e mulher para trepar? Outro dia tratei do tema, na crônica sobre as “vadias”, Você pode ler aqui.
Mulher para isso, mulher para aquilo…
Parodiando o Benjor, Roberto corta essa!
Pior: o mulherio também respondeu a enquete e reforçou essa bagaceira do atraso e das trevas.
Como bem disse a antropóloga Mirian Goldenberg ontem a “O Globo”, em cutucada certeira e diálogo com a música da Rita Lee: “Não somos nada Leila Diniz (aí na foto de Antônio Guerreiro). Quem dera se fôssemos”.
Vergonha alheia total, brava gente.
Mas voltemos aos cavalheiros da távola redonda.
Você é um homem ou um prato de papa de Araruta?
Poxa, a coisa mais bonita, desse encontro de meninos & meninas, é a conquista, e você ainda com essa prosa paleolítica?
Só o agrado salva o mundo.
Sem delicadeza não se vai à esquina.
Corta essa, desalmado!
Mas a gente sabe que não se avança só assim no assombro diante da pesquisa e na base da campanha de mídia.
Nem mesmo só na punição com cadeia, como tem rolado com a Lei Maria da Penha para casos de violência contra as mulheres.
Gostei de ver uma experiência de Londrina outro dia em um programa televisivo. Cadeia, óbvio, na pena prevista, e mais terapia coletiva obrigatória. Os resultados são muito bons.
Nessa imensa Carençolândia universal, todos precisamos de terapia para amaciar os catabios existenciais, imagina um cara nestas condições de ataque e monstruosidade.
Bora buscar a delicadeza perdida, rapaziada. Boa semana a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário