Almanaqueiras: ou não queiras.

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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O papa Francisco aboliu o pecado?

A mudança de ponto de vista sobre o tema da homossexualidade durante os primeiros meses deste pontificado está preocupando os círculos mais conservadores do Vaticano
Juan Arias - El País

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É verdade, sim, que Francisco está levando a cabo uma revolução no conceito de pecado, não para aboli-lo, mas para diversificá-lo, para entender que às vezes o que é considerado pecado no frio laboratório teológico é algo muito diferente na situação concreta, por exemplo, da mãe que se viu no apuro de precisar abortar por circunstâncias extremas da sua história pessoal.
Para Francisco, de nada serve combater o pecado “abstrato”. É necessário aproximar-se do que a lei considera ser pecado para compreender o que existe de desvio e de dor por trás de cada pecado, o que não é compreensível sem uma pessoa humana concreta que o encarne. E, no último extremo, o Deus dos cristãos é o Deus do perdão, pelo menos em suas origens, o que Francisco parece decidido a resgatar.
Francisco, goste ou não determinado setor da Igreja que sempre preferiu a condenação abstrata ao perdão e à compreensão, alterou a dinâmica do pecado clássico e desenterrou a doutrina primitiva da Igreja de misericórdia e compreensão para com os pecadores, sobretudo os mais frágeis, humilhados e explorados pelo poder.
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