Max e Abraão contavam nas mesas dos bares que o queijo havia surgido na fazenda Pereiros, de Seu Zé Amério. Na vizinha cidade de Antenor Navarro. E Agora?
Cientistas encontram vestígio mais antigo da produção de queijo.
Laticínio foi produzido há cerca de 7,5 mil anos, na atual Polônia.
Pesquisa analisou ácidos graxos em fragmentos de cerâmica.
Do G1, em São Paulo
Cientistas encontraram na Polônia os sinais mais antigos da produção de queijo pela humanidade, que datam de cerca de 7,5 mil anos atrás. Pesquisas anteriores já haviam mostrado vestígios até mais antigos do armazenamento de leite, mas o atual estudo é o que traz a mais antiga evidência indiscutível do alimento.
A produção de queijo é um marco na história da alimentação humana porque facilitou o consumo do leite, que é um alimento bastante rico em nutrientes. Por um lado, o queijo tem menos lactose – substância à qual os humanos mais antigos eram menos tolerantes –, o que melhorou a digestão. Por outro, o queijo pode ser armazenado por mais tempo sem estragar.
A equipe liderada por Richard Evershed, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, analisou ácidos graxos – substâncias presentes na gordura – de fragmentos de cerâmica, que comprovaram que o recipiente tinha sido usado no tratamento de laticínios.
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Os pedaços de cerâmica trazem pequenos buracos que sugerem que, quando inteiro, o objeto funcionaria como uma peneira, muito semelhante aos coadores usados na produção moderna de queijos.
A descoberta traz também os primeiros indícios de que o ser humano já criava gado leiteiro há mais de 7 mil anos. Nessa época, a humanidade vivia o chamado período Neolítico, em que surgiu o domínio sobre a agricultura e a pecuária, mas ainda antes do desenvolvimento da escrita e das grandes civilizações.
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