Assembléia comemora centenário do "Eu", de Augusto dos Anjos
A Assembléia Legislativa da Paraíba realiza nesta quarta-feira (28), a partir das 15h, uma sessão solene no plenário José Mariz, para comemorar o centenário da publicação do livro "Eu", de Augusto dos Anjos, bem como o aniversário de um ano do Memorial Parlamentar da Casa de Epitácio Pessoa. A sessão é uma propositura da Mesa Diretora da Casa. O evento será iniciado com uma palestra do jornalista Gonzaga Rodrigues, que terá como tema: "Augusto dos Anjos e a Parahyba", abordando a relação do poeta com a sua terra natal, o engenho Pau D'arco, na região de Cruz do Espírito Santo.
Em seguida, será entregue a medalha "Augusto dos Anjos" ao jornalista Hélio Zenaide e instalada no Memorial Parlamentar a vitrine para exposição com a "Pena Dourada" que pertenceu ao ex-deputado Apolônio Zenaide. Ele presidiu o Poder Legislativo no início do século 20. A Pena foi doada à Assembléia no final do mês de julho por Hélio Zenaide, que é sobrinho de Apolônio. O presidente da AL, deputado Ricardo Marcelo (PEN), convidou todos os deputados e a população em geral para participar da solenidade e celebrar o centenário do "Eu".
O dirigente do Legislativo destaca a importância do poeta para o Estado, tendo sido eleito pela própria população "o paraibano do século", em consulta promovida pela TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo. "A Assembléia não poderia deixar de comemorar o centenário do "Eu", escrito por um paraibano ilustre. Temos que celebrar sempre a genialidade de Augusto dos Anjos", disse Ricardo Marcelo.
Ele falou, também, da alegria da Casa de Epitácio Pessoa ao receber a "Pena Dourada", que agora faz parte do acervo do Memorial. "A pena é uma peça histórica, que pertenceu a um grande deputado, e engrandece muito o Memorial da Casa", destacou. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 20 de abril de 1884 e morreu em Leopoldina, Minas Gerais, vítima de pneumonia, em 12 de novembro de 1914. Sua vida se situa nos anos que correspondem à transição do século XIX para o século XX, cresceu e vivenciou muitos decandetismos, por assim dizer; muitas mudanças radicais de pensamentos e atitudes, muitos estilos artísticos e literários.
Em 1912, Augusto dos Anjos, um modesto professor de escolas públicas, pediu dinheiro emprestado ao irmão, juntou com algumas economias que vinha guardando e publicou seu único livro de poemas: "Eu", tornando-se o primeiro poeta de ficção científica do Brasil, e o maior até hoje. Matéria publicada no portal da Assembléia Legislativa revela que apesar de exibir um vocabulário difícil, Augusto é um dos poetas mais lidos do país e estudado em diversos idiomas. Despertou admiração de artistas diversos, como o poeta Ronaldo Cunha Lima, que respondeu, em verso, sobre a sua vida, num programa de TV, e o coreógrafo Sandro Borelli, que se inspirou na obra de tom mórbido do poeta paraibano para criar seus espetáculos, como registra o jornalista Cristiano Teixeira, da Assessoria de Imprensa da Assembléia Legislativa.
fonte ReportePB
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