Na história de Cajazeiras, a cidade já teve no início da década de 60, uma linha aérea da Varig, quando a região do Alto Piranhas tinha como base a produção do algodão. Lembro-me muito bem que a indústria algodoeira SANBRA (Sociedade Algodoeira do Nordeste BRAsileiro), que funcionava no final da Rua Desembargador Bôto, tinha um imenso movimento de caminhões que chegavam de cidades próximas a Cajazeiras carregados de sacos de algodão e outros saindo carregados com fardos quadrados de algodão com destino à Campina Grande e outras cidades do Nordeste. Essa linha da Varig beneficiava toda a região do Alto Piranhas.
O funcionário representante da Varig em Cajazeiras era Luiz Cabrinha, filho do maestro Esmerindo Cabrinha, meu vizinho da Rua Pedro Américo. A Varig funcionava na loja Carvalho Dutra, na Praça João Pessoa, no té rreo, porque no primeiro andar funcionava o Serviço de Alto Falante Difusora Rádio Cajazeiras, que tinha como proprietário Mozart de Assis, e que futuramente se transformou em radiodifusão. Ou seja, Difusora Rádio Cajazeiras.
Nos anos 60, um Cajazeirense tinha um avião monomotor, que, por sinal, era o único da cidade. O proprietário era Antônio Tomaz, que tinha o apelido de Antônio pão doce. O velho Aeroporto de Cajazeiras tem o seu nome. Ele era um senhor com seus mais ou menos 70 anos de idade. Era simpático e atencioso com todos. O filho dele estudava no Colégio Diocesano.
Lendo matéria sobre a Esquadrilha da Fumaça, que esteve em Cajazeiras no último mês de junho fazendo uma apresentação, me fez lembrar-se da década de 60, quando Cajazeiras comemorou o seu centenário de emancipação política. Cajazeiras esteve em festa em 1964 e, na ocasião, o time de futebol Calouros do Ar de Fortaleza, time que pertencia à Base Aérea de Fortaleza, foi para Cajazeiras participar de uma partida amistosa contra a Seleção local. Diga-se de passagem, que nesta época o futebol cajazeirense tinha muitos jogadores de alto nível, que jogavam nas equipes que participavam do campeonato local, como o Santos, Estudante, Botafogo, Centenário e Íbis.
Ao se apresentar em Cajazeiras o Calouros do Ar, quatro ou cinco aviões da Base Aérea de Fortaleza foram deslocados até a cidade do Padre Rolim, onde fizeram exibições acrobáticas antes da partida, com vôos rasantes sobre o Estádio Higino Pires Ferreira, lotado de torcedores, em tarde de sol quente e com portões abertos. No vai e vem dos aviões em exibição, os torcedores aplaudiam de pé, fazendo a alegria geral com o espetáculo. Dava a impressão de que os aviões iam pousar no gramado devido ao vôo rasante bem próximo dos jogadores. Ao final das exibições, os aviões foram para Juazeiro do Norte fazer o abastecimento e seguir viagem para F ortaleza. Foi realmente uma exibição de gala que jamais esqueci.
Trabalhei quatro anos na Varig, de 1977 a 1980, na função de Escalador de Voo III, lotado no Aeroporto Internacional de Brasília. Na época era a quarta maior empresa aérea do mundo e era orgulho de todos funcionários da empresa devido sua atuação no exterior com vôos para as principais capitais do mundo.
PEREIRAFILHO
Radialista
Brasília-DF
jfilho@ebc.com.br
O funcionário representante da Varig em Cajazeiras era Luiz Cabrinha, filho do maestro Esmerindo Cabrinha, meu vizinho da Rua Pedro Américo. A Varig funcionava na loja Carvalho Dutra, na Praça João Pessoa, no té rreo, porque no primeiro andar funcionava o Serviço de Alto Falante Difusora Rádio Cajazeiras, que tinha como proprietário Mozart de Assis, e que futuramente se transformou em radiodifusão. Ou seja, Difusora Rádio Cajazeiras.
Nos anos 60, um Cajazeirense tinha um avião monomotor, que, por sinal, era o único da cidade. O proprietário era Antônio Tomaz, que tinha o apelido de Antônio pão doce. O velho Aeroporto de Cajazeiras tem o seu nome. Ele era um senhor com seus mais ou menos 70 anos de idade. Era simpático e atencioso com todos. O filho dele estudava no Colégio Diocesano.
Lendo matéria sobre a Esquadrilha da Fumaça, que esteve em Cajazeiras no último mês de junho fazendo uma apresentação, me fez lembrar-se da década de 60, quando Cajazeiras comemorou o seu centenário de emancipação política. Cajazeiras esteve em festa em 1964 e, na ocasião, o time de futebol Calouros do Ar de Fortaleza, time que pertencia à Base Aérea de Fortaleza, foi para Cajazeiras participar de uma partida amistosa contra a Seleção local. Diga-se de passagem, que nesta época o futebol cajazeirense tinha muitos jogadores de alto nível, que jogavam nas equipes que participavam do campeonato local, como o Santos, Estudante, Botafogo, Centenário e Íbis.
Ao se apresentar em Cajazeiras o Calouros do Ar, quatro ou cinco aviões da Base Aérea de Fortaleza foram deslocados até a cidade do Padre Rolim, onde fizeram exibições acrobáticas antes da partida, com vôos rasantes sobre o Estádio Higino Pires Ferreira, lotado de torcedores, em tarde de sol quente e com portões abertos. No vai e vem dos aviões em exibição, os torcedores aplaudiam de pé, fazendo a alegria geral com o espetáculo. Dava a impressão de que os aviões iam pousar no gramado devido ao vôo rasante bem próximo dos jogadores. Ao final das exibições, os aviões foram para Juazeiro do Norte fazer o abastecimento e seguir viagem para F ortaleza. Foi realmente uma exibição de gala que jamais esqueci.
Trabalhei quatro anos na Varig, de 1977 a 1980, na função de Escalador de Voo III, lotado no Aeroporto Internacional de Brasília. Na época era a quarta maior empresa aérea do mundo e era orgulho de todos funcionários da empresa devido sua atuação no exterior com vôos para as principais capitais do mundo.
PEREIRAFILHO
Radialista
Brasília-DF
jfilho@ebc.com.br
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