Perguntar onde fica a Praça Dom Moisés Coelho, em Cajazeiras, quase ninguém sabe sua localizaçãa, mas perguntar sobre a Praça do Espinho, todos a conhecem. A Praça do Espinho foi inaugurada em 1953, ela é um marco para a história de Cajazeiras assim como as outras. Ela fica localizada na Rua Padre José Tomaz, antiga Rua do Comércio. De um lado desta praça está o Grupo Dom Moisés Coelho, no outro lado o Grêmio Artístico Cajazeirense e em frente o Cemitério Coração de Jesus, o mais antigo da cidade.
Esta praça foi um dos meus pontos preferidos para bate-papos diários, bem como jogar bola, brincar, fazer presepadas, traquinagens com meus colegas, que moravam na Rua Pedro Américo e ruas paralelas. Cito alguns: Ivan Cavalcante de dona Teresinha; Gilberto e Gilson de dona Odília; Mitim de seu Zé Cartaxo; Jiquirí de ‘seu’ Esmerindo Cabrinha; Nena e Jocildo, de dona Soledade; Gutim, Teotônio e Germanin de ‘seu’ Germano; Joaquim e Fassis de ‘seu’ Nezinho; Eudimacir de ‘seu’ Moacir; Nenen de ‘seu’ Sinval; Jansem de ‘seu’ Zezinho Lacerda; Irapuã de ‘seu ‘ Zé Henrique, entre tantos. À noite, sentado nos banquinhos da praça, eu gostava muito de ouvir as estórias contadas pelos adultos Pingüim e Rubismar, irmãos de Rubens Farias, Zé Grilo, filho de seu Zé Henrique, meus irmãos Sales e Erisvaldo, Airton e Gilberto de ‘seu’ Esmerindo Cabrinha, e muitos outros. Pela manhã ou à tarde, eu gostava de ficar sentado no meio fio, ao lado da casa de ‘seu’ Sinval do Vale, porque lá tinha um pé de baje, que dava sombra, quando o sol estava muito forte e o calor de 33 graus batia em Cajazeiras.
Em frente do Grupo Dom Moisés tinha os pés de castanhola, com suas galhas muito altas e na época de sua produção, nós (a meninada) gostávamos de subir nos pés ou ficávamos atirando paus ou pedras para derrubar castanholas. Aos sábados, dia de feira, alguns matutos que iam para Cajazeiras à cavalo, deixavam os animais amarrados nos pés de castanholas. Já outros que iam de carro para a feira, deixavam embaixo das castanholas aproveitando a sombra das árvores. Em baixo das castanholas tinha também quiosques, que vendiam refeições para esses matutos, lanches para os estudantes do Grupo, na hora do recreio, bem como bebidas e mangai para aqueles que estavam passando para suas casas após um dia de trabalho.
A Praça do Espinho era caminho para quem saía da Praça dos Carros, passando pela Padre José Tomaz, indo para a Rua Engenheiro Carlos Pires, subindo a ladeira lateral do Cemitério Coração de Jesus. Ou mesmo no sentido inverso, já descendo a ladeira lateral do cemitério. A praça era ponto de encontro dos moradores próximos a ela para conversarem, fofocarem; dos casais de namorados, dos es tudantes do Grupo Dom Moisés após as aulas, de pessoas que simplesmente passavam por lá e se sentavam nos bancos para descansar um pouco e apreciar o seu movimento intenso.
Após os comícios na época das eleições, as carreatas saindo da Praça Camilo de Holanda em rumo a Praça João Pessoa, passavam na Praça do Espinho, em ritmo de festa. Também nessa praça era obrigatória a passagem de enterros fúnebres que vinham do centro da cidade. Lembro-me muito bem que, quando o enterro se aproximava da Praça do Espinho, eu fazia de tudo para não presenciá-lo, porque se não eu não dormia direito à noite. Aliás, mesmo durante o dia, quando eu vinha da Praça Camilo de Holanda, evitava passar na calçada do cemitério. Medo? Eu tinha, sim! Quando eu estudava no Grupo Dom Moisés e minha sala ficava na entrada à direita, que dava vista (via janelões) para o cemitério, eu fazia de tudo para não olhar pra lá. Co isa de menino mesmo! Demorei muitos anos para entrar no cemitério, mesmo em Dia de Finados.
PereiraFilho
Radialista
Brasilia–DF
jfilho@ebc.com.br
Esta praça foi um dos meus pontos preferidos para bate-papos diários, bem como jogar bola, brincar, fazer presepadas, traquinagens com meus colegas, que moravam na Rua Pedro Américo e ruas paralelas. Cito alguns: Ivan Cavalcante de dona Teresinha; Gilberto e Gilson de dona Odília; Mitim de seu Zé Cartaxo; Jiquirí de ‘seu’ Esmerindo Cabrinha; Nena e Jocildo, de dona Soledade; Gutim, Teotônio e Germanin de ‘seu’ Germano; Joaquim e Fassis de ‘seu’ Nezinho; Eudimacir de ‘seu’ Moacir; Nenen de ‘seu’ Sinval; Jansem de ‘seu’ Zezinho Lacerda; Irapuã de ‘seu ‘ Zé Henrique, entre tantos. À noite, sentado nos banquinhos da praça, eu gostava muito de ouvir as estórias contadas pelos adultos Pingüim e Rubismar, irmãos de Rubens Farias, Zé Grilo, filho de seu Zé Henrique, meus irmãos Sales e Erisvaldo, Airton e Gilberto de ‘seu’ Esmerindo Cabrinha, e muitos outros. Pela manhã ou à tarde, eu gostava de ficar sentado no meio fio, ao lado da casa de ‘seu’ Sinval do Vale, porque lá tinha um pé de baje, que dava sombra, quando o sol estava muito forte e o calor de 33 graus batia em Cajazeiras.
Em frente do Grupo Dom Moisés tinha os pés de castanhola, com suas galhas muito altas e na época de sua produção, nós (a meninada) gostávamos de subir nos pés ou ficávamos atirando paus ou pedras para derrubar castanholas. Aos sábados, dia de feira, alguns matutos que iam para Cajazeiras à cavalo, deixavam os animais amarrados nos pés de castanholas. Já outros que iam de carro para a feira, deixavam embaixo das castanholas aproveitando a sombra das árvores. Em baixo das castanholas tinha também quiosques, que vendiam refeições para esses matutos, lanches para os estudantes do Grupo, na hora do recreio, bem como bebidas e mangai para aqueles que estavam passando para suas casas após um dia de trabalho.
A Praça do Espinho era caminho para quem saía da Praça dos Carros, passando pela Padre José Tomaz, indo para a Rua Engenheiro Carlos Pires, subindo a ladeira lateral do Cemitério Coração de Jesus. Ou mesmo no sentido inverso, já descendo a ladeira lateral do cemitério. A praça era ponto de encontro dos moradores próximos a ela para conversarem, fofocarem; dos casais de namorados, dos es tudantes do Grupo Dom Moisés após as aulas, de pessoas que simplesmente passavam por lá e se sentavam nos bancos para descansar um pouco e apreciar o seu movimento intenso.
Após os comícios na época das eleições, as carreatas saindo da Praça Camilo de Holanda em rumo a Praça João Pessoa, passavam na Praça do Espinho, em ritmo de festa. Também nessa praça era obrigatória a passagem de enterros fúnebres que vinham do centro da cidade. Lembro-me muito bem que, quando o enterro se aproximava da Praça do Espinho, eu fazia de tudo para não presenciá-lo, porque se não eu não dormia direito à noite. Aliás, mesmo durante o dia, quando eu vinha da Praça Camilo de Holanda, evitava passar na calçada do cemitério. Medo? Eu tinha, sim! Quando eu estudava no Grupo Dom Moisés e minha sala ficava na entrada à direita, que dava vista (via janelões) para o cemitério, eu fazia de tudo para não olhar pra lá. Co isa de menino mesmo! Demorei muitos anos para entrar no cemitério, mesmo em Dia de Finados.
PereiraFilho
Radialista
Brasilia–DF
jfilho@ebc.com.br
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