Na última festa do 8º. Reencontro, promovido pela AC3, em agosto último, eu, Lavoisier e Carlos Doido, Os Três Mosqueteiros, resolvemos ir para o tradicional baile cajazeirense. Diga-se de passagem que a festa deste ano, segundo comentários geral, foi a melhor festa. Bem, Lavoisier, acho que essa é a quarta vez que ele participa, e eu, a primeira, já o Carlos Doido tem cadeira cativa. Não perda uma, nem que esteja doente, passando mal, ele não deixa de assinar seu ponto.
Compramos passagens aéreas no mesmo vôo pra chegar todo mundo junto, já que Olivan, o Big Boy e Fassis estariam nos esperando em Juazeiro do Norte. Aí é que sentimos a falta do novo Aeroporto de Cajazeiras. Tudo bem, uma hora a gene pousa lá e nossos amigos já estarão nos esperando ao pé da escada do avião já com uma geladinha à mão.
Cheguei ao Aeroporto Internacional de Brasília muito cedo, pois peguei carona com Maurinete, minha esposa, que tinha que ir pro trabalho. Fiz o “cheque in”. Fico lendo o livro sobre os Penetras. O tempo passa. Resolvo dar uma volta pelos corredores do Aeroporto e encontro Lavoizier e Carlos Doido, sentados, tomando cerveja no bar. “Porra, caramba, se eu soubesse que vocês estavam aqui eu também tava tomando cerva com vocês!” falei. Lavoizier comentou que eles estavam ali desde das oito horas. Já estavam bebendo umas! Putzgrila! Oito da manhã e os caras já estava mamando!
O vôo ia sair as onze horas, e, eu, para não se tornar a Madre Tereza de Calcutá da história, tive que acompanhar os caras. Lógico que com grande prazer. Reclamei de cara porque os sujeitos estavam bebendo café, melhor dizendo, cerveja preta. Só tinha dela. Que que eu poderia fazer? Se não tem tu, vai tu mesmo.
Começamos a bater papo, já com hi/estórias preliminares de Cajazeiras. Até parecia que estávamos sentados no Bar de Fuba, despreocupados com o tempo, com a vida. De repente Lavoizier alerta: “Vamos embora, acho que tá na hora”. Abro a carteira pra pagar a conta e nêgo Lavô já começa a dar suas cortadas: “Pode deixar que eu pago. Conta pequena todo mundo quer pagar, né, seu viado!”.
Mal levantamos das cadeiras e o serviço de alto-falante do Aeroporto Juscelino Kubitschek anuncia: “atenção, atenção os senhores passageiros Lavoizier Rolim,Eduardo Pereira e Carlos Doido, queiram comparecer ao portão de entrada...”.
Puta que o pariu! Saímos ainda dando aqueles engui da cerveja entalada na garganta e corremos pra entrada. Descemos escadas rolantes, descemos escadas sem ser escada rolante, e dentro da sala de espera já estava sendo anunciado repetidamente: “atenção, atenção, os senhores passageiros Lavoizier Rolim, Eduardo Pereira e Carlos Doido...”. Carlos Doido: “Pôrra, caralho, num dá nem mais tempo d’agente ir no banheiro dá uma mijada!”. Lavô: “Aguenta aí, seu porra, a gente mija lá no avião!”.
Quase que a gente atropela a atendente já jogando as passagens nas mãos dela. Uma van estava especialmente nos esperando. Entramos Los Tres Amigos com a maior cara de pau, e Lavô se explicando pro motorista: “Desculpe, meu irmãozinho, é que a gente tava meio enrolado aí, o avô desse meu colega aqui tava passando mal, e a gente chegou atrasado paca”. O motorista nem olhou pra gente.
Entramos Os Três Patetas remanescentes olhando pro chão do avião. Ninguém queria pagar mico. Só os três patetas atrasando o vôo.
Carlos Doido falou-: “Nunca mais vamos ficar falando de Cajazeiras antes de viagem em vião, porque nos esquecemos de tudo!”.
Eduardo - : “Nunca mais vou beber cerveja preta!”
Lavoizier - : “Porra, seus viado, vocês enchem o rabo de cachaça e botam a culpa em Cajazeias e na cerveja!”.
É pena que os serviços de bordo agora não forneçam mais cerveja, e nem vendem.
Em tempo: O Carlos contesta e diz que o serviço de som do Aeroporto não falou “Doido”, com seu nome, mas a essa altura do campeonato eu e Lavô ouvimos perfeitamente “Carlos Doido”.
Eduardo Pereira
E-mail: dudaleu1@gmail.com
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