Almanaqueiras: ou não queiras.

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

BICICLETAS DE JOÃO CLAUDINO EM NOVELA DA TV GLOBO

                                                     Pereira Filho (Mininim)
Lendo o artigo “Ladri de Biciletti”, publicado neste blog por meu irmão Eduardo Pereira, sobre bicicletas em Paris, pensei: “porque não falar um pouco sobre bicicletas em Cajazeiras, da década de 60?”.
 Para início de conversa, lembro-me que eu tinha uns seis, sete anos de idade quando meu pai tinha uma bicicleta marca Phillips, cor verde e foi nela que dei minhas primeiras pedaladas. Ou melhor, tentava pedalar. Na minha casa, ela ficava encostada na parede da área livre e eu colocava um pé no pedal e o outro no chão. Empurrava a bicicleta e assim saía bem devagarzinho, arrastando o guidão na parede. Até aí, não pedalava porque eu era pequeno e não alcançava o celim.
Eu e meus irmãos nunca tivemos bicicleta enquanto morávamos em Cajazeiras. Aprendi a rodar bicicleta mesmo, foi em uma que os irmãos Joaquim e Fassis, filhos de dona Paula e seu Nezim – da papelaria -, ganharam de presente. Eles eram meus vizinhos e deram-me a oportunidade de aprender a pedalar.
Paulo Roberto (Giquirí ou Fifí), filho de seu Esmerindo Cabrinha, que também era meu vizinho, tinha uma bicicleta que ele usava em seu serviço, na entrega de doces e mariolas de uma fábrica na Rua Engenheiro Carlos Pires de Sá. Ele sempre me chamava para fazer a entrega e eu tinha o prazer de ajudá-lo, mais para pedalar do que para ganhar doce e mariola.
 O comerciante ‘seu’ Bernardo Batista, outro vizinho meu, tinha uma bicicleta que era o seu meio de transporte e era muito bonita e conservada.
Mitim de seu Zé Cartaxo (outro vizinho), também tinha sua bicicleta, que era uma modelo feminino. Mitim era suvino e não gostava de emprestar pra ninguém.
Me lembro ainda que Jansen Lacerda, filho de seu Zezinho Lacerda, tinha uma Monark na cor roxa e era muita bonita. Ele me deu oportunidades diversas para dá umas pedaladas pelas ruas da cidade.
João de Manezin tinha uma bicicleta, que tinha no bagageiro uma caixa de madeira fixa, onde ele saia pelas ruas da cidade e sempre que encontrava um conhecido perguntava se casa na dele (do conhecido) não tinha revistas usadas para dá pra ele, João. Lembro-me que ele ao ganhar bastante revistas, colocava-as para vender, em cima de uma porta deitada no chão ao lado da calçada da sinuca de Zé Eliseu, na Av. Presidente João Pessoa.
Em Cajazeiras tinha uma revendedora de bicicletas novas da marca Monark, que ficava ao lado da Prefeitura, que era de Jota Epaminondas Braga.
No final da Rua da Tamarina, já no final na esquina, próximo ao Clube 1º de maio, tinha uma oficina de bicicletas de propriedade de seu Felismino. Ele consertava e também alugava. De vez em quando eu ia lá no seu Felismino e alugava uma bicicleta para pedalar pela cidade e paquerar as gatas do Colégio Estadual.
Já morando aqui em Brasília, tive a oportunidade de possuir a minha primeira bicicleta – Monark. Comprei também uma Monark para meu filho Ivaldo Moreira – 3 anos de idade, que depois passou para minha filha Gláucia, 4 anos de idade.
 Já Eduardo Pereira, meu irmão, tinha uma bicicleta de corrida e Ivaldo, meu outro irmão, foi à padaria com ela comprar pães, e ao deixá-la na portaria comprou os pães e, ao retornar, levaram a bicicleta.
 Lendo matéria do jornal Correio Braziliense, de 15 de agosto deste ano, de grande circulação no Brasil, me deparei com uma matéria sobre as bicicletas Houston do grupo João Claudino. “Um dos maiores feitos da Houston, e que ajuda a entender seu sucesso, foi um ousado lance de marketing no horário nobre da TV brasileira. A empresa fechou parceria com a Rede Globo para fazer merchandising de suas bicicletas na novela “PASSIONE”. Para sustentar a ousadia, o grupo investe R$ 8 milhões na marca e quer aumentar a capacidade da fábrica em Teresina para a produção de até 1,1 milhão de unidades por ano. Além disso, planeja inaugurar uma nova fábrica em Manaus (AM), onde, especula-se, poderia estrear a produção de motocicletas”.

Pereira Filho – Rádio Nacional, Brasília.

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