Mais ou menos no ano de 1958, quando eu tinha meus sete anos de idade, comecei a sentir o prazer de gostar de ouvir rádio. Naquela época tinha um aparelho de rádio em minha casa e, por que não ter a curiosidade de saber como operá-lo procurando estações de rádio?
Naquela época Cajazeiras não tinha emissora de rádio e pelo que me lembro, as rádios que se sintonizavam durante o dia, era a Rádio Rural de Caicó, no Rio Grande do Norte, a Rádio Espinharas de Patos, na Paraíba e a Rádio São Francisco, de Petrolina, em Pernambuco.
Vou citar algumas marcas de aparelhos de rádio da época: transglobo, de 9 faixas, da PHILCO e tinha também da FORD; Evadin, SEMP, ABC Canarinho, entre muitos outros. Meu irmão Eduardo, até hoje possui um rádio SEMP. Tinha algumas marcas que vinham com capas de couro, no caso o portátil general electric, o sonistor de 3 faixas e o mitsubishi. Tinha também as radiolas, ou radio-vitrolas da RCA Victor. Na minha casa tinha uma RCA Victor e minha mãe vendeu para Seu Macilon, dono de uma padaria.
Eu ouvia as emissoras de rádios com um pouco de dificuldade (chiadeira) na sintonia, devido a pouca potência das mesmas para o referido período do dia. Eu mexia muito na antena do aparelho para que se escutasse melhor o som. A antena era um fio que saía da parte traseira do rádio e seguia até o telhado de minha casa, para se captar melhor o som.
Já à noite, eu sintonizava vários rádios do Brasil e minha preferência para ouvi-las era a Rádio Globo do Rio de Janeiro, porque eu gostava de escutar o programa “Panorama Esportivo”; a Rádio Bandeirantes de São Paulo, com o programa “Bandeirantes nos Esportes”; Rádio Clube de Pernambuco, Recife; entre tantas outras.
Lembro-me muito bem que na Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil se tornou Campeão Mundial pela primeira vez, na Avenida Presidente João Pessoa, ao lado da casa de Celestino tinha uma radiotécnica (casa de consertos de aparelhos de rádio) de propriedade de Zé de Totô. Em jogos do Brasil, Zé de Totô colocava uma vitrola na entrada da loja e adaptava uma antena para captar o som da Rádio Bandeirantes de São Paulo e aí, nós (meninos) sentávamos na calçada próxima à vitrola e ouvíamos a narração dos jogos do Brasil.
Em julho de 1966 foi inaugurada a Rádio Alto Piranhas e essa emissora realizou testes para locução e vários jovens compareceram. Sales, meu irmão, foi um deles. Eu acompanhei Sales e, chegando lá, fui convidado para fazer o teste, também. Lembro-me que recebi o texto e comecei a ler e a pessoa encarregada de ligar o gravador, me falou: “pare um momento, porque o gravador não está ligado”. Pensei: “essa não é minha praia”.
Sales foi aprovado e ficou na emissora fazendo um programa à noite e quando a emissora estava no Estádio Higino Pires Ferreira transmitindo o campeonato de Cajazeiras, ele fazia a função de comentarista esportivo.
Erisvaldo, outro irmão meu, trabalhou na Alto Piranhas fazendo o programa de Esportes. Toinho, também outro irmão meu, trabalhou no Departamento de Esportes e Valdim, ainda outro irmão meu, trabalhou na Difusora Rádio Cajazeiras como controlista. Para entrar no time dos Pereira's radialistas, fui convidado por Chagas Amaro para substituir meu irmão Toinho, que também estava trabalhando na Alto Piranhas e ele faltou ao serviço. Fiquei no lugar de Toinho e ganhei a função de Repórter Esportivo (até hoje tenho a carteirinha da Rádio Alto Piranhas).
Aos domingos, quando a Alto Piranhas não transmitia futebol, devido ao término do campeonato de Cajazeiras, eu ficava de plantão para divulgar resultados dos jogos que eram realizados dos campeonatos estaduais. Esse programa era musical, “Tarde Esportiva Dançante”, com apresentação de Evandro Carlos Maniçoba. Certo domingo, Evandro faltou devido a problemas de saúde e fui convidado por Zeilton Trajano, que era o diretor da emissora e narrador esportivo da mesma, para eu substituir Evandro quando fosse solicitado. Fiz alguns programas que era das 16 às 18 horas.
Em 13 de dezembro de 1971 saí de Cajazeiras com destino a São Paulo para conseguir um emprego melhor. Na capital paulista trabalhei de metalúrgico e depois cobrador de ônibus. Nessa época, ao ouvir um comunicado da Rádio Clube de Santo André, convocando jovens para fazer teste para locução, fui até lá, fiz e fui aprovado, ficando em terceiro lugar. A emissora precisava para admissão de dois jovens e o diretor me falou que no prazo de quatro meses me chamaria para trabalhar na Rádio Clube.
Brasília, sendo uma nova cidade, por acaso vim conhecer a nova capital do Brasil e até hoje estou na cidade há 38 anos. Aqui trabalhei de vigilante (Confederal); Leiturista Entregador (CEB); Entrevistador da PNAD e depois Técnico em Estatística (IBGE); Escalador de Vôo (VARIG); Auxiliar Administrativo (TV GLOBO); Auxiliar Técnico da Voz do Brasil (Empresa Brasil de Notícias) e hoje trabalho na função de Produtor, Editor e Coordenador na Rádio Nacional de Brasília AM, que é do grupo Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ex-Radiobras. A EBC é subordinada à Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Na Rádio Nacional de Brasília, em 2005, eu fazia um programa, juntamente com Zé Leite (ex-Rádio Borborema de Campina Grande), o programa “Se Liga Brasil”,
E fiz também os programas Rádio fiel companheiro; Meu amigo verdadeiro; Nunca vou te deixar; Eu te quero o dia iInteiro; Até no meu travesseiro; e Você não pode me faltar.
E fiz também os programas Rádio fiel companheiro; Meu amigo verdadeiro; Nunca vou te deixar; Eu te quero o dia iInteiro; Até no meu travesseiro; e Você não pode me faltar.
Pereira Filho (Mininim)
Brasília.
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