Almanaqueiras: ou não queiras.

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ROBERTO CARLOS DE CAJAZEIRAS


Na década de 60, mais precisamente no dia 13 de julho de 1968, o Rei Roberto Carlos ganhou um medalhão banhado a ouro, da freira Irmã Fausta, que era a professora preferida dele lá no Espirito Santo, e isso me fez lembrar o quanto o medalhão se tornou um dos símbolos da Jovem Guarda.
 Esse medalhão que Roberto Carlos usava serviu de moda para os fãs e admiradores. Nessa época, muitas coisas que eram lançadas pelos cantores - Jovem Guarda -, com certeza, faziam sucesso e os jovens, que tanto admiravam os artistas, faziam por onde imitá-los. Sempre que procurávamos algo que imitasse os artistas, era de uma certa forma admirado pelas meninas.
Quero dizer que eu também fiz por onde meninas me admirassem, não com meu medalhão, mas com o meu brucutu. Explico: o brucutu, que me refiro, era uma pecinha de aço em forma de joaninha (besouro), que ficava em cima do capô do fusca, onde cobria o esguicho de borracha, que lançava água para o para-brisa. Nessa época percebia-se que alguns fuscas existentes em Cajazeiras, não tinham mais essa peça, porque jovens tiveram a ousadia de tirá-las para colocar na corrente e pendurar no pescoço. Bom, agora vou informar onde eu consegui o meu brucutu.
Certa noite, passando em frente a casa de Ivan Braga, que morava na Rua Juvêncio Carneiro, observei um fusca parado. Pensei: deve ser do seu Moisés Braga, pai de Ivan. Observei, observei, observei e não apareceu nenhum morador da casa e meu coração acelerou, e eu também procurei acelerar o mais rápido possível. Ao puxar o esguicho para tirar o brucutu, junto vieram as duas mangueirinhas que jorram água, e tirei sem muita dificuldade. Bem, no dia seguinte coloquei-o em uma corrente e ao colocar no meu pescoço, me senti o próprio Roberto Carlos de Cajazeiras.
No dia seguinte, no Colégio Estadual, onde eu estudava, minhas colegas me perguntaram onde eu tinha conseguido o tal brucutu. Eu falei pra elas que tinha sido um presente que ganhei do Rei Roberto Carlos. “É uma brasa, mora!”.  Assim dizia Roberto Carlos. 

Pereira Filho (Mininim)

Rádio Nacional - Brasília

2 comentários:

  1. Foi você hein, Mininim!!!rsrsrs Eu tambem paquerei muito este brucutu do carro de Sr. Moisés, mas nunca tive essa sua coragem. Lembrando, nesta época eu era vizinho de Sr. Moisés e por ser muito amigo de Ivan Braga, "num dava né"? rsrsrs Você retratou muito bem este periodo - Jovem Guarda - vividos por nós. Com certeza, foi uma BRASA, mora! Forte abraço (Bira)

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