Fonte: Arquivo Eduardo Pereira
Fonte: orkut J. Galdino Vilante - 2009
O seminário realizado no Rotary de Cajazeiras, no dia 21 de agosto de 2010, sobre a integração do entorno do Açude Grande de Cajazeiras, sob a direção da AC3, teve a participação do prefeito de Cajazeiras, Leo Abreu, de professores da UFCG/Cz, de arquitetos do Instituto de Arquitetos do Brasil, seção da Paraíba – IAB-PB, Antonio Quirino, ex-prefeito de Cajazeiras, Chagas Amaro, o jornalista Sales Fernandes, Otacílio Trajano (cobertura para o blog Sete Candeeiros), Eduardo Pereira representando a AC2B, empresários, e pessoas dos mais diferentes perfis profissionais, que compareceram com interesse em contribuir para a revitalização do Açude Grande e suas cercanias.
A sistemática do trabalho se deu da seguinte forma: foi distribuído uma folha de papel e um lápis para cada uma das pessoas, dispostas em forma de círculo, e cada um escreveria três idéias de como, em sua opinião, deveria ficar o Açude Grande e sua orla. Leria-se suas sugestões e logo a seguir abria-se um debate coletivo, com inscrição para falação de três minutos. Josias Farias, com um cartão amarelo de advertência para quem ultrapassasse os três minutos, coordenou os trabalhos. A jovem arquiteta Juliane Lina, do IAB-PB secretariou as sugestões, anotando as propostas e recebendo-as por escrito também.
O prefeito Léo Abreu abriu os trabalhos, mas não ficou, pois estava com agenda lotada, mas deu boas vindas a todos e explicou logo que, a magnitude desse trabalho teria um gasto elevado – as estimativas eram que chegaria a oito, doze, quinze, ou até mesmo trinta milhões de reais – e que a prefeitura de Cajazeiras jamais teria esse aporte, no entanto, seriam verbas perfeitamente possíveis de se angariar via emendas parlamentares, ou através do Ministério do Turismo e órgãos federais afins.
Antes de sua saída, o prefeito pediu para, em sua opinião, que não se incluísse bares nesse projeto, para não provocar desacertos em lugares que se concentrem bebidas. O prefeito foi embora e, o que deveria ser um detalhe, a ausência de bares nesse projeto, acabou causando um pouco de, digamos, não polemica, mas um debate salutar sobre a importância ou não de bares em áreas de lazer desse tipo.
As sugestões foram várias, como: criação de parques infantis; pista para caminhada; pista própria para se rodar de bicicleta; área específica para idosos se exercitarem; arborização em toda margem do açude; criação de deques para ancoragem de barcos e lanchas; bosque para contemplação; criação de estacionamentos para automóveis; melhor acessibilidade das ruas próximas ao açude; plantação de árvores resistentes ao clima da região e que dêem sombra; divulgação desse projeto nos santinhos de políticos na atual campanha para popularizar essa empreitada; privatização da manutenção de todo esse patrimônio; despoluição da água do açude; criação de fossas para se deter o esgoto que está se transformando o Açude Grande; retenção da especulação imobiliária; criação de um museu da cidade no Tênis Clube, e outras idéias mais que não retive na memória.
De suma importância foi a apresentação em data show de mapas mostrando por onde carreiam os logradouros de esgotos da cidade de Cajazeiras, revelando-se preocupação com o crescimento imobiliário, populacional e econômico que poderão desaguar em prejuízos para a saúde pública da cidade como um todo. Ou seja, antes da questão estética desse evento há a apreensão com a saúde física da urbe.
Quanto à idéia restritiva dos bares, sugerida pelo prefeito Leo Abreu, me pronunciei favorável , como também Mário Cartaxo, presidente da AC3, a arquiteta Juliane Lina e outros mais. Argumentei que bares e restaurantes bem projetados esteticamente, com serviços de atendimento de qualidade, com regras civilizadas, não impediriam a aceitação pelos que usufruirão desse bem concebido. Conheço bem como é a orla do Lago Sul, aqui em Brasília, com bares e restaurantes de primeira. Quer exemplo melhor do que o restaurante paraibano Mangai, que se fincou às margens do Lago Sul? Existe coisa melhor do que o prazer de um happy hour num bar às margens do Açude Grande com amigos, jogando conversa fora e se deleitando com a culinária regional?
Evidentemente que aqui nesse texto está um resumo do que aconteceu nesse primeiro seminário, onde outras questões foram abordadas, como a desapropriação de terras para execução da obra, entraves burocráticos, etc.
Vale ressalvar que a arquiteta Juliane Lina deixou claro que não se incluiria nesse trabalho a questão da despoluição das águas do Açude Grande. Isso seria para um outro departamento. O trabalho do IAB-PB seria exclusivamente de requalificação paisagística.
Eduardo Pereira
E-mail: dudaleu1@gmail.com
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