Realizado no dia 21 de agosto de 2010 o 8º. Reecontro, festa organizada pela AC3 – Associação de Cajazeirenses e Cajazeirados do Ceará – na AABB, esse Reencontro foi marcante. Marcante para mim, pois é a primeira vez que compareço a um evento de tal magnitude. Marcante para muita gente que lá compareceu – aproximadamente mil cajazeirenses e cajazeirados, conforme estimativa que obti com Josias Farias, um dos comandantes organizadores do evento. Segundo Marcos Barros, vereador de Cajazeiras, para ele, que compareceu a todos, esse foi o melhor que já participou. No dia seguinte os comentários pela cidade eram inevitáveis de que a festa fora maravilhosa. Portanto, não estou exagerando na dose, ou nas doses que lá sorvi.
As doses etílicas que lá bebi foram ínfimas em relação às doses de surpresas a cada encontro com gente que não via há séculos. Por baixo, pelo meu apurado, vi cajazeirenses de São Paulo, do Recife, Brasília, João Pessoa, Campina Grande, Patos, Pombal, Monte Horebe, Cachoeira dos Índios e um mar de gente da cidade do Padre Rolim, amém.
Gente colorida, gente brilhando de cetim, gente desencaixotando histórias e estórias, gente se vendo em máquinas fotográficas digitais se eternizando em pixels, distante do papiro eterno. Gente rodopiando mesas mil em busca dum caco de memória escrita na testa de um fraterno distante. Distante geograficamente, porque ali, o transe anima confraternizava-se em gozo terreno.
Expressões comuns eram ouvidas a todo instante: “Nooosssaaa, a quanto tempo!”, “como você está diferente!”, “não, não estou lhe reconhecendo!”, “caramba, você não mudou nada!”, “não acredito, é você mesmo?”, “que prazer em te rever!”, “vem cá, me dá um abraço, cara!”. Eram expressões entremeadas com afagos, sorrisos, carinhos e amores amigáveis.
Quando começou a festa, com a Orquestra Uiraunense de Baile, tocando clássicos de Glenn Miller e afins, o dancing começou a recepcionar bailarinos que rodopiavam num bailado remanescente bonito e admirado para quem gosta de ver gente que sabe dançar, muito distante das danças de hoje em dia, que se pede que se rebole, se rebole, se rebole, e se pocote, se pocote, se pocote. Tudo bem, respeito quem acha que esse grau comparativo é saudosismo, mas acredito que é qualidade de dança e de música.
Mais ainda com a participação do ex-Pholhas Santisteban e sua banda, fechou o circuito musical com músicas da lendária banda brasileira que cantava em inglês na década de setenta/oitenta. Aí, o sistema coronário dos presentes não agüentou e tivemos que caprichar na dose nostálgica, na dose do whisky (não foi mesmo, Lavoizier!).
Cajazeiras não estava quente, seu clima era de convite ao ar livre da quadra da AABB. O clímax da festa era a todo momento. Um encontro com alguém de há muito, já era um clímax.
Mas, é chagada a hora do fim do evento. Não tem jeito. Não tem nada, não, no próximo ano estaremos aqui novamente. Quase as cinco da matina é que fomos embora, as pessoas se dispersavam num adeus de quero mais.
O dia já estava clareando. Passamos na lanchonete da Dadá, ao lado da Rodoviária, e demos uma forrada com xis burger. A memória afetiva já estava forrada, mas com o desejo declarado de, até o próximo ano!
Eduardo Pereira
E-mail: dudaleu1@gmail.com
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