Meninos, eu Assisti ao show do Zé
Bruno, Zé Freitas, John e João Eudes
“Eu vi um menino correndo
Eu vi o tempo brincando ao redor
Do caminho daquele menino”.
Ao final de cada ano, nos é disponibilizado assistir o especial de Roberto Carlos, tradição que já tem a cara do Rei, da Globo e do Natal.
O mesmo show, a mesma fórmula, as mesmas canções, os mesmos arranjos e a plateia composta por famosos da Globo e seus funcionários. Forçoso admitir, no entanto, que ambos pararam no tempo... o lamentável é que ninguém nota que o especial está ficando démodé...
Feitas estas digressões iniciais, aproveito esta oportunidade para fazer um registro acerca de um outro show, na mesma temporada, ressalvadas por óbvio, as proporções devidas.
Às 11h do dia 27 de dezembro, colocado na programação de confraternização de um grupo de torcedores jovens do Botafogo/Pb, festa que se faz por tradição há alguns anos, no Varadouro de João Pessoa, com a apresentação do cantor Zé, sem ser o festejado Ramalho. Mais um Zé da Paraíba. Assim mesmo, Zé de Freitas, cantor novo, pouco conhecido, mas repleto de talento.
Pois bem. Na hora estabelecida, comparecemos ao local da apresentação repleto de expectativa para assistir ao show do Zé. Mergulho no túnel do tempo e me recordo que o conheci ainda criança, lembro como se fosse agora. Garoto tímido e desconfiado, hoje, me aparece completamente diferente... não tinha noção do que nos reservava esse cara... Um garoto com cara de criança: “o que esse moleque vai aprontar aqui?", matutava eu.
O cenário do show muito simples, pouca produção e muita espontaneidade, peculiares ao inicio da carreira de qualquer artista. Exibição intimista no formato teclado e voz. Repertório para todas as idades, todas as cores e todos os sexos. Samba, MPB, Sertanejo, Forró Pé de Serra e por ai segue... convida os fãs a cantarem juntos, numa performance que induz a platéia a pensar que quem está fazendo o show é ela e não ele e assim vai lacrando até o dia amanhecer, tocando um punhado de irresistíveis canções, àquela música favorita que marcou a sua vida, àquela que fala ao fundo do coração e da alma. Tudo consegue fazer sentido, fazer sentir. É, a música, segundo (Aldous Huxley) “depois do silêncio, é o que mais se aproxima de expressar o inexprimível”.
Enfim, isso é uma prova incontestável de que quando a gente quer e quando nos é oferecida a oportunidade, se faz algo de qualidade. Esse show é imperdível e como o ano apenas começa, vale muito a pena conferí-lo.
Parabens, Diogo, ou melhor, Zé Freitas. Vai. Todo menino é um rei, voce despertou.
John Cartaxo
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