Almanaqueiras: ou não queiras.

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segunda-feira, 17 de julho de 2017

detalhes de traições não impeditivas

Líderes do centrão dizem a Temer que fechamento de questão contra a denúncia não impedirá traições

PAINEL


O que digo e o que eu faço - Embora apresente o gesto como forte ativo no Congresso, o presidente Michel Temer foi avisado por líderes de partidos do centrão que, apesar de terem fechado questão pela rejeição da denúncia de Rodrigo Janot, não conseguirão evitar traições em suas bancadas. O PP contabiliza cinco defecções. No PSD, sete dos 37 deputados avisaram que vão votar contra o peemedebista. Uma lista de infiéis também foi apresentada pelo PRB: dos 22 parlamentares, só 14 estão com Temer.

Sem férias - Os artistas que estão à frente do movimento “342 agora” acreditam que serão beneficiados com as duas semanas de recesso antes da votação da denúncia contra Temer. Neste período, vão ampliar a pressão sobre deputados indecisos e favoráveis ao presidente.

Calculadora -
Na sexta (14), o movimento calculava 204 votos a favor da denúncia, 140 contra e 169 indecisos.

No escurinho 

Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) tem dito que a oposição vai ter que “pegar uma lanterna para procurar os 342 votos a favor da denúncia contra Temer” na Câmara.

Cara nova 

O DEM vai mudar de nome após sua refundação. Na tentativa de marcar um novo rumo, a sigla estuda defender a convocação de uma assembleia constituinte em 2019 para tratar exclusivamente da reforma política, e a retomada do debate sobre a implantação do parlamentarismo no Brasil.
No papel Um esboço do estatuto com propostas que darão algum lustro ideológico ao novo Democratas foi entregue à cúpula do partido e a parlamentares que devem migrar para a legenda após sua repaginação. A ideia é fixar um perfil de centro-direita.

Mundo dá voltas 

Além de dissidentes do PSB e integrantes de partidos nanicos, nomes do PSD também participam das conversas. Fundado em 2011 por Gilberto Kassab, que era do Democratas e levou consigo dezenas de quadros, o PSD quase extinguiu o DEM.

Hora de pagar… 

A pedido da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a IFI (Instituição Fiscal Independente) prepara relatório sobre a reforma da Previdência. O documento aponta o risco de gastos com aposentadorias furarem o teto fiscal em 2018 se mudanças não forem aprovadas.

…a conta 

Segundo pessoas que acompanham a formulação do estudo, ele deve pregar, ao menos, mudança nas regras da idade mínima para aposentadoria.

No vermelho 

Mesmo com a aprovação de novas verbas para a retomada da emissão de passaportes, o aperto orçamentário segue preocupando a PF. Delegados têm alertado que, em agosto, pode faltar dinheiro para recursos básicos, como combustível, pagamento de diárias e manutenção de equipamentos.

Pior na frente 

“Neste semestre a PF está com o orçamento altamente contingenciado”, diz Tania Prado, presidente do Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo.

A pena e a galinha 

A expectativa de que Antonio Palocci entregue um suposto esquema de venda de dados nos governos do PT para bancos levou advogados de poupadores a questionarem o que teria motivado Guido Mantega a defender instituições financeiras nas ações sobre os planos econômicos.

Era pegadinha 

Novo capítulo no embate que a J&F e Lúcio Funaro travam em torno de uma ação na qual o corretor cobra dinheiro de Joesley Batista. À Justiça, a empresa diz que firmou um contrato ilegal com Funaro, e que, por isso, não há o que pagar.

Sem essa 

A defesa do corretor defende a legalidade do acordo. Funaro cobra R$ 30 milhões por serviços que diz ter prestado na fusão dos frigoríficos JBS e Bertin.

TIROTEIO

O presidente não faz outra coisa a não ser se defender. Só usa o cargo para fazer manobras na tentativa de se salvar das acusações.

DO DEPUTADO PATRUS ANANIAS (PT-MG), ao avaliar que o país ficará parado enquanto Michel Temer, acuado por denúncias, permanecer no Planalto.

CONTRAPONTO

Ironias do destino

Em agosto de 2015, Rodrigo Janot foi sabatinado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Na ocasião, ainda não era tido como algoz de políticos e havia espaço para descontração.

Entre uma gracinha e outra, o senador Zezé Perrela (PSDB-MG), hoje alvo de investigações deflagradas após a delação de Joesley Batista, criticava benefícios excessivos a delatores, mas poupava o então candidato a procurador-geral.

— Um dos seus defeitos é ser atleticano, não é, procurador, mas a gente releva isso aí! — brincou Perrela.
— Mas a minha mulher é cruzeirense! — respondeu Janot, de pronto, aos risos.

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