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sexta-feira, 2 de junho de 2017

não se escuta qualquer explosão de decepção

Procuradoria denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção passiva e obstrução

Pedro Ladeira - 25.ago.2016/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 25-08-2016, 09h00: O senador Aecio Neves (PSDB-MG). Sessão para votação do julgamento final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, no plenário do senado. O presidente do STF Ministro Ricardo Lewandowski preside a sessão. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG)
A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta sexta (2) o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva e obstrução à Justiça por fatos apontados por delatores da JBS.
Para os investigadores, o tucano usou o cargo para atuar em benefício da J&F, a holding da JBS, além da ingerência do PSDB em assuntos governamentais. Aécio ega as acusações.
A Procuradoria pediu ainda a abertura de um novo inquérito para investigar se o tucano cometeu crime de lavagem de dinheiro.
Agora, cabe ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso no Supremo, pedir para ouvir as defesas, preparar um relatório e levar a denúncia, com sua posição sobre o pedido da Procuradoria, para ser analisada na Primeira Turma da corte. O colegiado então decidirá se transforma ou não Aécio em réu. Se um processo for aberto, ele pode ser condenado ou absolvido. Não há prazo para isso.
Essa é a primeira denúncia relacionada ao acordo de delação dos executivos do grupo J&F.
Aécio aparece, segundo as investigações, em gravação pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, sócio da JBS e delator.
A quantia foi entregue posteriormente a um primo do tucano, em ação filmada pela Polícia Federal.
Também foram denunciados Andréa Neves, irmã do senador, Frederico Pacheco, seu primo, e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrella. Eles foram presos em 18 de maio e são acusados pelo crime de corrupção passiva.
Quando abriu o inquérito, a PGR começou a investigar Aécio junto com o presidente Michel Temer e seu antigo assessor, Rodrigo Rocha Loures.
A Procuradoria, no entanto, pediu e o Supremo fatiou as investigações a fim de acelerar o oferecimento de denúncia contra o tucano, uma vez que os indícios contra Aécio já eram considerados suficientes para isso, apurou a Folha.
A PGR havia pedido a prisão de Aécio, e o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou, mas determinou o afastamento de suas funções como parlamentar.
A defesa de Aécio entrou com recurso contestando a decisão que o afastou do cargo e pediu o fatiamento das investigações.
Fachin atendeu o pedido de fatiamento e colega Marco Aurélio foi sorteado como novo relator.
Aécio Neves é alvo de oito inquéritos no Supremo, sendo cinco decorrentes da delação da Odebrecht e dois da colaboração do ex-senador Delcídio do Amaral, além desta investigação decorrente das informações da JBS.

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