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sábado, 3 de junho de 2017

detalhes em franca debandada

Divisão interna isola PSDB e DEM avisa que não seguirá tucanos em debandada do governo Temer

POR PAINEL

Passou do ponto 

O impasse que se alastrou no PSDB fez com que outras legendas decidissem se desvencilhar do tucanato. A sigla havia amarrado seu destino ao de partidos que prometiam um desembarque conjunto do governo, mas foi avisada de que sua decisão será um voo solo. O DEM não seguirá os tucanos, caso eles decidam romper com o Planalto na próxima semana. O motivo: quer resguardar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de especulações sobre sua lealdade a Michel Temer.

Erro de cálculo 

A divisão interna do PSDB e a pouca discrição do partido em articular nomes para uma possível eleição indireta são apontadas como motores do isolamento a que a sigla vem sendo submetida. A movimentação dos tucanos disparou a desconfiança do PMDB, maior bancada do Congresso.

Sem eles não vai

É consenso que nenhuma candidatura à Presidência em eleição indireta tem chances de vingar sem o apoio do PMDB. Por isso a cautela do DEM. Caso Michel Temer seja cassado ou renuncie, Maia desponta, hoje, como favorito para o posto.

Voou pena 

A decisão do presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, de convocar reunião para discutir o abandono do governou ampliou a crise interna no partido. Uma série de dirigentes e quadros da sigla reclamaram do chamado, visto como desnecessário e impensado.

E amanhã? 

Aliados do governador Geraldo Alckmin dizem que o dirigente paulista não se preocupou com o impacto da convocatória, que acabou fortalecendo Maia no xadrez para eventual eleição indireta — e, claro, para 2018.

Youtuber

Mais manso com o governo Temer, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) avisou que não vai recuar das críticas às reformas. A colegas de bancada, explicou o motivo: as redes sociais.

Pop

Depois que começou a criticar as mudanças, Renan multiplicou por cinco o número de seguidores no Instagram e ganhou mais de 60 mil inscritos no Facebook.

Vapt-vupt 

No Judiciário, a avaliação é que a solução por absolver Dilma Rousseff e Michel Temer no TSE ficou ainda mais consolidada no fim desta semana. A aposta é por um desfecho rápido.

Firme 

Integrantes de cortes superiores avaliam que nem a provável denúncia da PGR contra o presidente seria capaz de alterar o entendimento dos ministros do TSE.

Renegado 

Lindbergh Farias reclamou do tratamento que recebeu de Lula na abertura do 6º Congresso Nacional do PT. O ex-presidente fez declaração explícita de apoio a Gleisi Hoffmann à presidência do partido.

Bumerangue 

A situação foi tão constrangedora que teve impacto na disputa. Nesta sexta (2), véspera da eleição, dirigentes e militantes que estavam fechados com Gleisi declararam apoio a Lindbergh, como forma de desagravo, acirrando a eleição.

Unidos 

Na peça em que contesta seu pedido de prisão, Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer flagrado com mala de dinheiro, faz eco à versão do presidente de que a PGR falhou ao não periciar os áudios de Joesley Batista. Diz que o MPF esqueceu que “é responsável pela custódia da prova”.

Negado 

A Justiça rejeitou a queixa-crime apresentada por Lúcio Funaro contra José Yunes, o ex-assessor de Michel Temer que relatou à PGR ter recebido “um pacote” das mãos dele. Advogado de Yunes, José Luis de Oliveira Lima, diz que “a decisão demonstra a veracidade dos esclarecimentos prestados”.

Visita à Folha Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco, visitou a Folha nesta sexta-feira (2), a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Claudia Politanski, vice-presidente do banco.

TIROTEIO

O PSDB tem responsabilidade com o futuro do país. Independentemente da cor da cabeça, a prioridade é fazer a economia deslanchar.

DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre a ala jovem tucana, os ‘cabeças pretas’, defender o desembarque do partido do governo Michel Temer.

CONTRAPONTO

Pablo, qual é a música?

Na quarta-feira (31), durante discussão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sobre a proposta que autoriza eleições diretas, caso haja vacância da Presidência, Hildo Rocha (PMDB-MA) atacou o projeto:

— Vocês estão enganando os artistas. Essa emenda não é viável! — bradou, referindo-se aos atos organizados por atores e cantores no Rio e em São Paulo.

— Eles sabem muito bem que “têm que ir aonde o povo está” e que suas vozes terão que “se ouvir por mais zil anos”, contra “ridículos tiranos” — respondeu Chico Alencar (PSOL-RJ), citando versos de músicas de Caetano Veloso e Milton Nascimento.

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