Almanaqueiras: ou não queiras.

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domingo, 7 de maio de 2017

são tantas coisinhas bicudas


O preço que se paga O PSDB encomendou uma pesquisa para tentar encontrar as raízes do desencanto de eleitores que optaram pelo partido em 2014, mas hoje o rejeitam. 

PAINEL



O resultado surpreendeu alguns caciques da sigla. Quase dois terços dos que já votaram na legenda e agora torcem o nariz para ela citam o apoio às reformas da Previdência e trabalhista como o motivo do desgosto. As acusações contra nomes da sigla na Lava Jato, claro, são a principal reclamação do restante do eleitorado.

Colou 

O levantamento mostra que o PSDB ficou fortemente associado às reformas, que foram interpretadas pelos eleitores como mecanismos criados para “tirar direitos dos trabalhadores”.

Pressa 

O governo espera colocar no ar a partir de quarta (10) as novas propagandas sobre a reforma da Previdência, para tentar reduzir a resistência do eleitorado às novas regras das aposentadorias. O Planalto aposta na mudança da comunicação para amenizar a rejeição à proposta.

Saída… 

Após a invasão da sessão da comissão que discute a reforma da Previdência, servidores da Câmara receberam comunicado com explicações sobre como se dará o funcionamento da Casa nas próximas semanas.

…de emergência O acesso será restrito na terça (9) e na quarta (10). Há aviso de que as entradas podem ser fechadas “a qualquer momento”.

Pelo estômago 

O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que chegou a ameaçar romper com o governo, está novamente às boas com Michel Temer. Vice-presidente da Câmara, ele enviou ao presidente na última quarta (3) uma marmita de comida mineira.

Com sal e afeto 

Conhecido por oferecer banquetes a políticos, Ramalho justificou o gesto. Disse que Temer comentou sentir falta de sua comida caseira. “Mandei de tudo: arroz, feijão tropeiro, linguiça e carne de sol. Ele é muito fino, ligou agradecendo. O tempero é meu”, contou orgulhoso.

Concentração O ex-presidente Lula não agendou compromisso público para esta semana. Segundo aliados, está focado no depoimento que prestará ao juiz Sergio Moro, nesta quarta (10).

O baile todo O PT se articula para levar toda a bancada do partido no Congresso a Curitiba. Quer dar apoio ao ex-presidente. Senadores da sigla atuam para que matérias importantes não sejam colocadas em votação na quarta.

Passional Guiomar Mendes, mulher do ministro do STF Gilmar Mendes, enviou mensagem emotiva a amigos e contatos no meio jurídico. No texto, fez enfática defesa do marido e condenou os ataques que ele vem sofrendo desde que votou pela libertação de presos da Lava Jato.

Passional 2 Guiomar disse que o ministro “não se intimidará”. “Cumprirá a missão debaixo de saraivadas, mas não recuará.” No Supremo, a mensagem foi vista como sintoma do acirramento na corte e de que, apesar da aparência inabalável, Gilmar sentiu o peso das críticas.

Passional 3 

“O juiz observa regras e essas regras nem sempre são compreendidas”, escreveu Guiomar. No trecho mais forte, chamou de”desinformados infelizes” os que não percebem que, “em última análise, são os que ele mais objetiva proteger”.

Sente o drama 

O MPF anexou um terabyte em arquivos, o equivalente a 733 dias em áudios, à ação em que acusa Eduardo Cunha (PMDB), Lúcio Funaro e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, entre outros, de montar um esquema para desviar recursos do FI-FGTS.

Corra 

O volume supera o das delações da Odebrecht, que totalizam 400 giga. O juiz do caso deu cinco dias para a manifestação das defesas. Advogados recorreram.

TIROTEIO

Manifestações, emendas de deputados da base do governo e o efeito Janot… O gato, digo, a reforma de Temer subiu no telhado.

DO DEPUTADO FEDERAL NILTO TATTO (PT-SP), sobre a série de acontecimentos recentes que, avalia, dificultam a aprovação das novas regras de aposentadoria.

CONTRAPONTO

Só pensa naquilo!

Na terça-feira (2), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), conduziu longa sessão na qual foi debatida a aprovação da medida provisória que trata de regras para a relicitação de contratos.

Durante a votação, houve forte debate sobre a inclusão ou a retirada da palavra “mínima” em um dos artigos. A discussão foi protagonizada pelo deputado Sérgio Souza (PMDB-PR) e o petista Carlos Zarattini (SP). Vendo que a coisa ia longe, Maia brincou:
— O Botafogo está perdendo de 2 a 0. Enquanto não empatar, vamos ficar aqui trabalhando, ainda que seja até 5h da manhã!

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