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domingo, 28 de maio de 2017

coisinhas friamente ditas

De olho no PMDB, Maia diz a aliados que será o último a desembarcar do governo Temer

POR PAINEL

O último elo Favorito para o Palácio do Planalto num cenário de eleição indireta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou a aliados que será o último a abandonar o barco de Michel Temer, caso o naufrágio do peemedebista se torne iminente. Sabe que qualquer movimento precipitado afastaria o PMDB de sua órbita, reduzindo suas chances numa disputa conduzida pelo Congresso. Não quer repetir o que considera ter sido um erro do PSDB, hoje visto com desconfiança pelos aliados.

Lições do passado 

Pessoas próximas ao presidente da Câmara dizem que não há risco de ele aceitar um impeachment de Temer, “até porque a história mostra que quem dá aval a afastamento não sobrevive”, brincam.

Xô, paparazzo 

Depois que sua residência oficial se tornou o principal ponto de encontro de políticos de diversos matizes em Brasília, Maia trocou as grades do portão de casa por chapas de aço. Agora ninguém mais vê quem entra e quem sai.

Nem ouvir falar 

Há um profundo incômodo entre partidários do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, com o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha.

Menos, menos 

O auxiliar do Planalto foi até o STF para tentar obter os áudios da polêmica gravação com Temer e, não encontrando Edson Fachin no gabinete, o interceptou na garagem.

Salvo pelo tsunami 

Na berlinda até o estouro da grave crise política, o ministro Osmar Serraglio (Justiça) agora responde aos críticos: “Enquanto os cães ladram, a caravana passa”, diz.

X da questão 

A manutenção de Serraglio na pasta garante uma vaga na Câmara — e o foro privilegiado— a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer filmado pela PF com uma mala de dinheiro.

Unidos Os presidentes do PT, Rede, PSOL, PSB e PC do B se reúnem nesta segunda-feira (29) para discutir a formação de uma frente nacional por eleições diretas.

Tratativas 

Ex-braço-direito de Rodrigo Janot, Marcello Miller negociou por meses sua ida para o escritório responsável por negociar o acordo de leniência da JBS. O hoje ex-procurador pediu exoneração do MPF em 4 de março, três dias antes de Joesley Batista gravar conversa com Michel Temer.

Aviso prévio 

A exoneração de Miller, porém, só foi publicada um mês depois, 5 de abril. Oficialmente, ele se tornou sócio do escritório de advocacia em 15 de maio. Procurada, a banca não quis se pronunciar.

Xadrez 

Para emplacar projeto que crie regras para a eleição indireta, Renan Calheiros (PMDB-AL) terá que passar pela Comissão de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição. Ele indicou há pouco mais de um mês a aliada Kátia Abreu (PMDB-TO) para presidir o colegiado.

Tesoura 

A direção dos Correios apresentou esta semana seu programa de reestruturação. Funcionários estão em protesto, pois há menção clara a uma redução pesada de custos no curto prazo.

Lições 

A estatal, sede de acusações de corrupção e má gestão no passado recente, pregou ainda o “aumento de controle e accountability”.

Muito cacique

O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, se irritou por ter ficado de fora da reunião em que o novo dirigente nacional da sigla, Tasso Jereissati (CE), discutiu com FHC, Geraldo Alckmin e João Doria o eventual desembarque dos tucanos do governo Temer.

Pouco índio 

Para Tobias, o PSDB erra ao excluir suas bases. Ele havia enviado a Tasso uma carta em que sugeria reunião ampliada. “Peço que tenha a sabedoria de olhar para os diretórios estaduais, cujas funções não devem ser ignoradas”, escreveu.

TIROTEIO

Enquanto os presos da Lava Jato negociam delação e contam os dias para sair, Temer as teme e conta os dias em que está ficando.

DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), que defende a saída de Michel Temer do Planalto e a convocação de eleição direta para a Presidência.

CONTRAPONTO

Levanta que eu corto!

Há seis anos, quando o prefeito João Doria (PSDB-SP) era conhecido apenas como o apresentador de um programa na TV, ele entrevistou o economista Paulo Rabello de Castro, hoje presidente do BNDES. Aliados já naquela época, protagonizaram trocas explícitas de elogios ao longo de todo o programa.

— Estivemos juntos no Fórum em Comandatuba e você deu um show de competência na sua apresentação — disse Doria.

— Competência e show deu você pela qualidade política e de trabalho. Você realmente é um craque, um campeão! — respondeu Rabello.

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