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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

nesta terra, em se plantando, tudo dá!

Nem só de praias bonitas vive o Ceará. Turismo a fazendas de café ganha força na serra
Projeto do Sebrae levou à região de Baturité um novo conceito, gerando competitividade no turismo e no agronegócio

Por Tribuna



Segundo o último censo demográfico agropecuário, o Nordeste contém metade do total dos estabelecimentos da agricultura familiar do país, o que equivale a mais de 2 milhões. Só no Ceará, 53% do café produzido vem da agricultura familiar, como informa matéria da Rede Jangadeiro.

A rota do café verde, voltada para o turismo rural do estado, foi criado em 2015 pelo Sebrae com o objetivo de priorizar o desenvolvimento sustentável da cafeicultura local.

De acordo com Fabiana Gisele, articuladora do Sebrae em Baturité, o projeto levou à região um novo conceito, gerando maior competitividade tanto no turismo quanto no agronegócio.

“O Ceará é muito praias, mas a região serrana com toda essa pujança da natureza, da oferta hoteleira e gastronômica, estava muito acanhada. Nós estamos trabalhando com esses produtores do café e é um novo conceito de empreendedorismo que a gente está procurando fortalecer. Estamos procurando posicionar através de empresários com maior visão, um maior competitividade empresarial serrana como um todo”, explica.

De acordo com Neto Cunha, integrante da associação dos guias de turismo da Região de Baturité, é possível conhecer a cultura, a história e maquinários da época da segunda guerra mundial, além de ser possível acompanhar a torra do café e comprar mudas para levar para casa.

“Guaramiranga tem várias fazendas que contam a cultura, a história e todo o processo. Lá já temos o sítio Floresta e lá ele faz a torra do café e também vende mudas de café. Já em Mulungu tem o sítio São Roque, que também conta muito do nosso passado, nossa história”, conta.

Segundo o Josely Dantas, os agricultores e produtores da cafeicultura se organizam para fortalecer a cultura na região.

Ainda de acordo com Josely, apesar de pequenas, as fazendas produzem um café de qualidade. “Recentemente nós tivemos uma reunião em Baturité com os agricultores, produtores de café, para orientá-los que uma das atrações para quem visita o Maciço é visitas às fazendas de café”, afirma.

O Ceará, que normalmente tem seu destino turístico priorizado por praias, passa a reconhecer a cultura serrana, valorizando o trabalhador rural, e muitas vezes complementando a renda familiar dos agricultores.

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