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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

detalhes tão pequenos...

Com delação da Odebrecht, PMDB estuda medidas para atrasar desfecho da ação contra Dilma-Temer

Painel Folha


Devagar com o andor 

Com a decisão do TSE de ouvir delatores da Odebrecht no caso que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, a defesa do peemedebista passou a avaliar medidas para tentar adiar o desfecho do julgamento. Além da possibilidade de pedir acesso às delações antes dos novos depoimentos — o que também é cogitado pelo PSDB —, o partido pode apresentar novas testemunhas, solicitar oitiva de pessoas mencionadas ou até novas perícias. A estratégia ainda passará pelo crivo político da sigla.

Muita calma 

A decisão do Planalto de comunicar André Moura, mas segurar o anúncio formal de Aguinaldo Ribeiro como novo líder do governo, teve como pano de fundo o receio de Michel Temer de “entornar o caldo” durante as discussões da reforma da Previdência.

Curto-circuito 

O governo queria pacificar o ambiente e encontrar um espaço para O deputado e seu grupo antes de anunciar a troca, para que não houvesse nenhum “fio desencampado” — o que apareceu quando Moura anunciou a própria demissão.

Tranquilão 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que no auge da tensão com o Planalto chegou a sinalizar que não pretendia criar a liderança da maioria na Casa, agora tem dito que não vê mais problemas em abrir o posto para amansar a base.

Missão dada Rodrigo Rocha Loures, assessor especial de Michel Temer que assumirá o mandato de deputado com a nomeação de Osmar Serraglio, deve ser designado vice-líder do governo na Câmara. Terá a tarefa de pacificar a base e eliminar arestas.

Truco Mesmo com a nomeação de Serraglio, peemedebistas se queixaram da escolha de Aguinaldo Ribeiro, do PP, para líder do governo. Querem mais espaço. Dizem que recebem promessa de cargos de outras siglas que Temer não vai entregar. E também ameaçam a Previdência.

Boi na linha 

Foi duro o tom usado por Temer na conversa com Fábio Ramalho, o peemedebista que é vice da Câmara e disse que romperia com o governo depois da ida de Serraglio para a Justiça.

Professoral 

Marcelo Caetano, o secretário da Previdência, começa logo depois do Carnaval as visitas às bancadas para convencer os deputados a aprovar o texto. Os primeiros da fila serão os peemedebistas, logo na semana seguinte ao feriado.

Uma casa à frente 

Entre os favoritos para suceder José Serra no Ministério das Relações Exteriores, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) já deu a entender a aliados que teria disposição para assumir o posto.

Para inglês ver 

Durante encontro com Temer, já como ex-ministro, Serra combinou que faria um “balanço da gestão” ao transmitir o cargo.

Xadrez Tucanos 

ligados ao governador Geraldo Alckmin avaliam que a saída de Serra reduz muito as chances de ele disputar a Presidência, mas não totalmente o governo de São Paulo — a depender de impactos da Lava Jato.

Desvio de rota

Alckmistas dizem que Aloysio e José Aníbal, suplente de Serra no Senado, são os melhores nomes do PSDB para o posto, mas ponderam: a agenda do Itamaraty não combina com a eleição estadual de 2018.

Deu ruim 

Acionistas da CCR não gostaram da decisão de não participar do leilão para a concessão das rodovias do centro-oeste paulista — com investimento previsto de R$ 3,9 bilhões em 30 anos. Há a avaliação de que a empresa pode perder liderança.

Fim de festa 

Às vésperas do Carnaval, o vereador paulistano Celso Jatene (PR) resolveu desengavetar sua proposta, de 2001, de acabar com o recesso parlamentar de julho. Para atrair apoio, abriu a coautoria do projeto.

3, 2, 1… 

Até esta quinta (23), 34 vereadores apoiaram. São necessárias 37 assinaturas para que vá a plenário.

TIROTEIO

Um ruralista que se diz um jurista e atuou para blindar Eduardo Cunha realmente faz parte da paisagem do governo Temer.

DO DEPUTADO IVAN VALENTE (PSOL-SP), sobre Osmar Serraglio (PMDB-PR), novo ministro da Justiça, que ganhou projeção com as bênçãos do ex-deputado.

CONTRAPONTO

Verão passado

Em 2007, quando o Congresso discutia a possibilidade de estender o foro privilegiado a ex-autoridades, Alexandre de Moraes, então secretário em SP, posicionou-se contrário à proposta em entrevista a uma revista jurídica.

— A aprovação de uma emenda ampliando o foro privilegiado, a meu ver, não seria benéfica à sociedade.

Em seguida, a repórter pergunta se, aprovada, a emenda institucionalizaria a impunidade.

— Não costumo fazer ligação direta entre foro privilegiado e impunidade. Entendo,  porém, que não há justificativa, em uma democracia que se pauta pelo princípio de igualdade, a instituição de foros privilegiados.

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