Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

pequenas histórias de caráter pecaminosos.

  
Mário Magalhães

Procurado pelo repórter Luiz Ernesto Magalhães para se pronunciar sobre sua divida de IPTU, R$ 215.483,67, o engenheiro Fernando Mac Dowell negou-se a comentar: "É uma questão de cunho pessoal". Mac Dowell é vice-prefeito do Rio e secretário municipal de Transportes. No dia da posse, 1º de janeiro, o prefeito Marcelo Crivella cogitou aumentar o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. 

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Mostrou-se mais preocupado com imóveis isentos de IPTU: "Chegou o momento de nós conversarmos com eles [donos de imóveis], até porque todos estão cientes da crise que nós enfrentamos. A cidade do Rio de Janeiro está no contexto de crise federal e estadual, e é preciso se resguardar".

A casa de Mac Dowell na Barra da Tijuca não é isenta do imposto. Mesmo assim, ele não o pagou de 2001 a 2016, com exceção de 2014. A Prefeitura do Rio tenta na Justiça receber o dinheiro do agora vice-prefeito. Os mais de R$ 215 mil consideram também, em porcentagem bem menor, a taxa de lixo em atraso.

Se Crivella quiser mesmo recursos para não asfixiar ainda mais as ações sociais do município, já sabe por onde começar: conversando com certo dono de imóvel.

A dívida de Mac Dowell talvez fosse assunto particular antes de ele chegar ao governo. Talvez.

A partir daí, inexiste controvérsia: trata-se de informação de interesse público, e não de "questão de cunho pessoal".

Ninguém o obrigou a concorrer a vice-prefeito.

De novo, ecoa a mensagem manjada: faça o que eu digo, e não o que eu faço.

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