Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Vá em paz, Cardeal. Somos, católicos e ateus, muito agradecidos por sua passagem pelo mundo imperfeito dos homens."


  José Gatti

Dom Paulo Evaristo Arns lutou contra a ditadura militar, a mesma que alguns insensatos agora querem reimplantar. Ao lado do rabino Henry Sobel e do pastor James Wright, ele deu um exemplo de dignidade e consciência política ao celebrar o enterro do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura. Durante seu arcebispado a PUC de São Paulo floresceu e abriu suas portas à democracia, quando as universidades públicas se encontravam estranguladas pela censura. 

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Mas fez muitas outras coisas, que não enumerarei aqui. Só sinto uma imensa tristeza que sua morte tenha acontecido neste momento tão trágico de nossa história, em que as forças contra as quais ele tanto lutou têm uma vitória temporária. Seu exemplo continuará nos inspirando. Obrigado por tudo, dom Paulo.

E reitero as palavras de Luiz Zanin: "Não é preciso ser católico e nem acreditar em Deus para admirar Dom Paulo Evaristo Arns. Basta ter vivido durante a ditadura para sermos gratos pelo que ele fez pela resistência, direitos humanos e luta pela redemocratização no Brasil dos anos de chumbo. Vá em paz, Cardeal. Somos, católicos e ateus, muito agradecidos por sua passagem pelo mundo imperfeito dos homens."

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