Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

mãe é fogo!


 Elika Takimoto

Nara, minha filha meiga e fofa, dormiu hoje na casa de seu namoradinho, o Daniel. Estava eu no meio de um texto sobre o golpe quando ela me liga:
- Mãe, você não sabe o que aconteceu.
Falar isso para uma mãe no telefone é sadismo nível hard.

Resultado de imagem para esqueceu a calcinha no sofá

- O QUE FOI QUE TE ACONTECEU, NARA SUA LOKA?
- Minha calcinha sumiu ontem a noite. A cachorra do Daniel...
- A cachorra ou o cachorro do Daniel?- interrompi sabiamente porque sou dessas mega atentas.
- A cachorra, mãe. Mãe, me ouve. Calma. A cachorra do Daniel pegou a minha calcinha. - explicou ela calmamente e depois riu histericamente.
- Por que você não estava com ela? Como uma cachorra arranca assim a calcinha de uma pessoa? Confessa com sua boca que foi o cachorro do Dani... - perguntei eu espertamente porque sou dessas super ligadas.
- Mãe, eu estou com calcinha! Ela pegou a outra que trouxe para hoje. - esclareceu minha filha super limpinha.
- Então é só procurar pela casa.- concluí de forma competente porque sou dessas giga aguçada.
- O problema é que o pai do Daniel está aqui e ela podia aparecer em qualquer lugar da casa. - falou Nara baixinho e depois riu de lá que eu ouvi daqui sem precisar nem de celular.
- Nara, isso está parecendo aquela história de aluno que não trouxe o trabalho pronto porque disse que o cachorro comeu... Confessa com sua boca que foi o cachorro do Dani... - desconfiei eu de forma super apurada porque sou dessas tera sabida.
- Mãe, ouve. Daí o Daniel teve que avisar para o pai. Olha que constrangimento... - contou-me Nara gargalhando de um jeito estranho.
- Nara, saia já daí e nunca mais volte, minha filha, vai por mim. - orientei inteligentemente porque sou dessas que mando na lata o melhor a ser feito.
- Mãe, eu acho que elas fizeram cabo de guerra com a minha calcinha. São duas cachorras e elas são muito agitadas. A calcinha apareceu hoje de manhã toda esgarçada. - rinchavelhava Nara sua loka.
- Onde?
- No sofá da sala...
- Nossaaaa que lugar estranho para uma cachorra deixar uma calcinha. Se eu fosse a cachorra, eu ia largar a calcinha no quintal nooooossa como vocês estão criativos... Confessa com sua boca que foi o cachorro do Dani... - ironizei afiadamente porque sou dessas quilo maquiavélicas.
- Mãe, você acha que eu ia ligar para você para mentir? - sondou Nara nossa relação.
É. Jamais. No mais, se tem uma coisa que ensinei para meus filhos é não deixar rastros. Só não contava mesmo com essa da cachorra do Daniel.
- O pai dele viu? - falei baixinho como se estivesse ao lado dela.
- Não. Imagina se visse. Tô te ligando porque não consigo parar de rir de nervoso imaginando a cena... Vou fazer um grupo fechado no whats para contar essa história. Já já volto para casa.
- Eu também quero contar no meu grupo fechado formado por mim e alguns seguidores no Facebook.
- Ok. Só não me marca para o pai do Daniel não ler.
- Tudo bem. É tudo gente boa. Vão entender a situação. Manda um beijo pro Daniel. Fala que estou com saudades.
- Beijo, mãe!
- Beijo, Nara!
Enfim, galera, não há Parque de Diversão que se equipare com o que tenho aqui com meus filhos... essa postagem é um convite para vocês brincarem com a gente na roda gigante.

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