Almanaqueiras: ou não queiras.

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

conta outra, vai.

   Luis Felipe Migue

Na capa da Falha, a chamada: "Odebrecht diz ter agido para manter influência de Lula". É também a principal matéria de política.O texto explica que a Odebrecht decidiu financiar a permanência de Lula como líder político. A principal ação planejada era a "criação de um espaço para que o petista despachasse e que também servisse para divulgar seus oito anos na Presidência da República". Para isso, então, a empresa teria comprado o tal terreno em São Paulo, para nele construir o Instituto Lula. A compra do terreno, diz a reportagem, é "central" para acusar Lula de corrupção passiva.



Alguns parágrafos depois, a referência discreta: "Um ponto a ser esclarecido nas apurações é o fato da sede do instituto não ter sido instalada no terreno". Seria possível dizer mais: no tal terreno está sendo construída uma revenda de automóveis que não tem qualquer ligação imaginável com Lula. E tampouco há qualquer denúncia ou suspeita de irregularidade na aquisição da sede do Instituto Lula onde ele realmente está.

A reportagem revela, imagino que involuntariamente, a bizarrice do cerco contra Lula. O fato de que a suposta propina nunca gerou qualquer vantagem para o acusado não se torna uma demonstração cabal da imaterialidade da acusação. Vira "um ponto a ser esclarecido nas apurações".

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