Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Só não vale, tanto no futebol quanto na Democracia, fazer como o Fluminense e virar a mesa, pular da C para a A sem passar pela B, comprar juiz em campo e no STJD, desconhecer as regras e melar o jogo.

 
Luís Costa Pinto 


Não deixaria, jamais, que os meus adversários (cabem num fusquinha sem teto solar) fizessem isso por mim. Num dia maluco como o de hoje, quando estúpidos cretinos subiram à Mesa da Câmara dos Deputados para pedir a volta da ditadura militar, quando ministros da nossa Corte Constitucional travaram um bate-boca digno de peixaria da beira-mar de Olinda, quando policiais do Bope carioca trocaram de lado e abraçaram a causa daqueles em que batiam de porrete e desmiolados agrediram um dos raros repórteres de TV que sabe conservar a dignidade nesses tempos estranhos, dia seguinte ao assassinato de um filho por um pai suicida que não aceitava as opiniões políticas do rebento, a única coisa que estava escrita para acontecer enfim aconteceu (e em Curitiba!, a capital sem graça do Paraná que virou a pomba-gira de nosso mundinho): o Santa Cruz caiu para a Série B. Tem problema não - a gente volta, melhor preparado, e fica 4 anos na A de novo. Futebol é que nem democracia: tem turno e returno. 


Tem vez e revés. Só não vale, tanto no futebol quanto na Democracia, fazer como o Fluminense e virar a mesa, pular da C para a A sem passar pela B, comprar juiz em campo e no STJD, desconhecer as regras e melar o jogo.

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