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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

" A injustiça que se praticam contra Lula atinge o próprio estado de direito",

Aos 71 anos, ex-presidente Lula vê futuro político na mira da Lava Jato


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega nesta quinta-feira (27) aos 71 anos de idade vivendo um dos momentos mais conturbados de sua trajetória política. Ao mesmo tempo em que aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto para eleições presidenciais de 2018 nos cenários de primeiro turno, como em levantamento divulgado há uma semana pela Confederação Nacional do Transporte, Lula enfrenta processos criminais que podem inviabilizar uma eventual candidatura, caso seja condenado. Ele já é réu em três processos criminais ligados à Operação Lava Jato
A assessoria do ex-presidente afirma que não há previsão de eventos públicos em comemoração ao aniversário de Lula. Já o PT fala em mobilização permanente "em defesa" do presidente de honra do partido.
"A militância de esquerda, não apenas do PT, está se organizando de maneira espontânea em defesa de Lula e não apenas por causa do seu aniversário. A injustiça que se praticam contra Lula atinge o próprio estado de direito", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Gestão bem avaliada

Cientistas políticos ouvidos pelo UOL atribuem o primeiro lugar do petista nas pesquisas ao chamado "efeito recall", já que é o político brasileiro mais conhecido, e o fato de sua gestão ter sido bem avaliada pela população. Lula deixou a Presidência da República no auge de sua popularidade: em 2010, 83% brasileiros avaliavam sua gestão como ótima ou boade acordo com o Datafolha.
Mas os especialistas fazem uma ressalva: "Lula continua bem posicionado, mas o apoio a ele caiu muito. As pesquisas também mostram uma rejeição muito alta", afirma o cientista político Maurício Santoro, professor do Departamento de Relações Internacionais da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
"Um grupo de apoiadores segue votando nele ou porque acredita que é inocente ou porque o vê como culpado, mas considera que o sistema político todo tem problemas e defende que ele fez um bom governo", acrescenta Santoro.
Para o doutor em Comunicação e Política Camilo Aggio, parte considerável dos entrevistados se lembra "dos anos de prosperidade econômica" alcançada durante a passagem de Lula pela Presidência [2003 e 2010].
"O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), as desigualdades regionais e o desemprego diminuíram, a distribuição renda melhorou, mesmo que timidamente. Esses fatos contam para as pessoas quando são questionados a indicar um nome de sua preferência", diz o professor do Pós-Com da UFBA (Universidade Federal da Bahia).


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