Almanaqueiras: ou não queiras.

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

*"Elke Grunnupp, 71, mas podem chamar de Maravilha. Uma inteligência rara. Perdemos alguém que pensava, coisa rara no meio televisivo."


Humberto Werneck

Estou lembrando hoje de uma contemporânea minha do Colégio Estadual de Minas Gerais, alta, loura de cabelos longos e lisos, linda. Com sua lourice, sua estatura, seu porte desempenado, parecia recém-desembarcada de uma Festa da Uva. Era uma uva, como então se dizia. 


Chamava atenção também por ter nascido na Rússia. Discreta, bem comportada até onde a vista podia alcançar. Tinha a deliciosa manha de arregalar os olhos ao sorrir. Dançamos juntos uma quadrilha, ela brejeira com suas maria-chiquinhas e sardas pintadas nas bochechas, eu o embasbacado capiau de sempre. Chamava-se Elke Grunnupp. Só depois se assumiu Elke Maravilha.

*José Maschio


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