É simples. Isso tudo está acontecendo porque Temer é fraquíssimo. Era um parlamentar em franca decadência eleitoral quando foi guinchado à Vice-presidência e ganhou uma sobrevida. Virou presidente apenas porque era a opção disponível para manter as aparências de constitucionalidade que os conspiradores precisavam para desapear Dilma.

Nunca teria vencido uma eleição presidencial, não apenas porque lhe falta carisma, mas, sobretudo, por ser alguém que você não escolheria para ser seu presidente se o conhecesse numa campanha. As sua decisões desastradas, o seu passado esquisito que agora vêm à tona com o jornalismo e o MP mexendo no lodo, as suas políticas contraditórias, as pessoas esquisitas de que se cerca, tudo isso seria incompreensível para um sujeito que tem apenas uma bala para matar o leão e pouquíssimo tempo para isso. Seria inexplicável, não fosse a hipótese de que ele é simplesmente despreparado e incompetente. Está só guardando o lugar do PMDB e vivendo a glória de ter chegado à presidência quando não ganharia mais nem para deputado federal.
Apostavam os conspiradores que, com bons andaimes dados pelas raposas do PMDB e do PSDB ninguém iria perceber que o moço não consegue dar dois passados sem tropeçar. Mas tudo desmorona ao seu redor. Daqui a pouco, a colossal dose de boa vontade dos que apostaram tudo nele, inclusive no jornalismo, vai começar a escorrer pelo ralo e todo mundo vai perceber que o rei está nu.
Para resumir: Temer é o assistente do auxiliar de enfermagem que teve que assumir a cirurgia em TheWalkingDead porque não havia ninguém mais. Com o perdão do trocadilho, deixá-lo governar, mesmo com tantos babysitters de queixo empinado, é uma temeridade. Em sinuca, isto tem um nome.

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