Consuelo Remmet, irmã brasileira de Carla Bruni, trabalha em Paris para o ex-presdiente Sarkozy.
ANA PAULA CARDOSO: Reuters

Em tempos de austeridade pós-crise, um direito nada austero tem incomodado os franceses. Trata-se da lei que permite aos ex-presidentes da república manter um staff de funcionários pagos pelo Estado, a fim de darem continuidade à carreira política. Com salários que variam entre 5 mil a 7 mil euros mensais, uma das assessoras de Nicolas Sarkozy é Consuelo Remmet, a meia-irmã brasileira da ex-primeira dama francesa, a cantora e atriz de origem italiana Carla Bruni.
Consuelo é filha do empresário italiano Maurizio Remmert, há anos radicado no Brasil e também pai biológico de Carla Bruni. A cantora foi criada e registrada pelo músico italiano Alberto Bruni Tedeschi, morto em 1996, que sempre soube que ela era fruto de uma relação extraconjugal de sua mãe, Marysa Tedeschi.
A meia-irmã de Carla Bruni nasceu no Brasil e desde os 25 anos começou a estagiar no gabinete do então presidente da república, Nicolas Sarkozy, até se tornar uma das assessoras diplomáticas e cuidar até hoje das reuniões de luxo do ex-presidente francês.
Em média, uma conferência organizada por Consuelo custa cerca de 100 mil euros aos cofres franceses. Na avaliação dos cidadãos, uma conta salgada a ser paga pelos impostos.
Todos os anos o Estado desembolsaria cerca de 660 mil euros para remunerar em torno de 10 empregados de Nicolas Sarkozy, segundo informações publicadas no semanário francês Journal du dimanche (JDD).
Essa conta faz parte dos privilégios dos ex-presidentes da república, definidos por Laurent Fabius, em 1985. Mas em tempos de corte de benefícios, soa como regalia e tem gerado discussões. E em meio à polêmica, Consuelo Remmet é um tempero a mais: a ex-cunhada, que recebe dos cofres públicos para trabalhar em cargo de confiança.
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