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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ooooooh! Norma" Dorme em paz

Morre atriz e diretora Norma Bengell aos 78
Do UOL

A atriz, cantora e cineasta Norma Bengell, em imagem de 2010

A atriz e diretora Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D'Áurea Bengell, conhecida como Norma Bengell, faleceu por volta das 3h da madrugada desta quarta-feira (8) na unidade Bambina do Hospital Rio Laranjeiras. Ela tinha 78 anos.

Norma Bengell foi diagnosticada há cerca de seis meses de câncer no pulmão direito, e estava no Centro de Tratamento Intensivo do hospital desde o último sábado (5). 

Ainda não há informações sobre o velório e enterro do corpo da atriz.

Trajetória

Norma Bengell nasceu no Rio de Janeiro, cidade onde começou a se apresentar como vedete do teatro de revista aos 16 anos. Por causa de sua beleza e talento, Norma também  chegou a ser lançada como cantora e gravou versões de "A Lua de Mel na Lua" e "E Se Tens Coração".

O primeiro LP, "OOOOO! Norma" viria em 1959, no mesmo ano de sua estreia no cinema, com a comédia "O Homem de Sputinik", em que interpretava um símbolo sexual, em uma clara analogia com a atriz Brigitte Bardot.

O sucesso na tela grande foi tanta que a carreira de Norma de voltou quase que totalmente para a sétima arte. Em 1961, estrelou o filme "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A exposição internacional, e a repercussão do filme "Os Cafajestes", de Ruy Guerra, a levou a trabalhar no cinema europeu, onde chegou a conhecer e a namorar o ator francês Alain Delon, segundo a própria atriz. Fez filmes na Argentina ("Sócio de Alcova") e na Itália ("Mafioso", de 1962, e "Os Cruéis", de 1967). Na época, chegou a participar de um episódio da série americana "The C.A.T."

Com o sucesso, engatou quase um filme por ano, participando de produções que marcaram a história do cinema nacional, como "A Casa Assassinada" (1971),  de Paulo Cesar Saraceni;  "A Idade da Terra" (1980) , de Glauber Rocha e "Rio Babilônia" (1982), de Neville de Almeida. Em "Noite Vazia" (1964), de Walter Hugo Khouri, interpretou uma prostituta ao lado de Odeta Lara.

Atrás das câmeras, foi responsável pela adaptação de um clássico da literatura brasileira para o cinema, "O Guarani", de José de Alencar, lançado em 1997.

No teatro, subiu aos palcos em 1968, sob a direção do então estreante Emilio Di Biasi em "Cordélia Brasil", primeiro texto do escritor e dramaturgo Antônio Bivar. Em 1976, faz "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, A atriz retornaria ao texto clássico, em 2008, com a Cia. Os Satyros, sob a direção de Rodolfo García Vázquez.

Na televisão, apresentou e participou de alguns programas da TV Tupi e na TV Rio, como "Noite de Gala". Reapareceria apenas em 2008, com a personagem Dayse Coturno, no humorístico "Toma Lá, Dá Cá", da TV Globo – seu último trabalho.

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