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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Moderado. Não abusem das recomendações

Álcool melhora a memória em idosos

O GLOBO



Beber moderadamente melhora habilidades cognitivas depois da meia idade
Foto: Patrick Bernanrd / AFP


NOVA YORK - Um novo estudo das universidades de Kentucky and Maryland, nos EUA, examinou os benefícios do consumo moderado de álcool no cérebro de idosos, e descobriu que uma taça de vinho por dia pode ser o segredo para manter a mente ativa. A pesquisa ressalta que os benefícios só aparecem depois da meia idade, e que nem todo mundo sente tais efeitos: afortunados 80% ficarão melhores com a bebida, os demais 20% não.

Beber regularmente melhora as habilidades cognitivas de pessoas que têm no DNA o gene APOE e4, relacionado ao Alzheimer.

“APOE e4 é um fator de risco genético para doença de Alzheimer e também associado à baixa cognição em adultos não dementes”, descreve o estudo.

O trabalho foi publicado na revista “Alcohol and Alcoholism” e diz que diversos mecanismos podem explicar a relação entre o álcool e a habilidade de pensar claramente. Isto inclui as propriedades anti-inflamatórias do álcool e o fato de o consumo moderado estar ligado à proteção contra demência, derrame, doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

Na pesquisa foram examinados 619 aposentados entre 69 anos e 92 anos de Framingham, Massachusetts, que fazem parte de um monitoramento a longo prazo, um projeto que começou em 1948. Seus hábitos relacionados à bebida e suas habilidades cognitivas foram rastreados desde a meia idade até hoje.

Os 78% sem o gene e4 mostraram mais resiliência para aprendizado e memória. Entre os 22% dos portadores, os abstêmios se saíram significativamente melhor em testes gráficos de declínio na função cerebral.

Investigadores descobriram que os efeitos do álcool foram determinados pelo fato de a pessoa possuir ou não a variante e4 do gene ApoE, que ajuda a regular o colesterol no organismo.

No entanto, entre os 78% que não possuíam e4, aqueles que gostavam de álcool mostraram uma aprendizagem mais flexível e mais memória do que aqueles que se abstiveram.

Em todos os testes, o efeito protetor foi mais forte para aqueles que consumiram entre sete e 14 bebidas por semana.

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